João Pessoa, 03 de abril de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
DÍVIDA RURAL

Deputado estadual fará palestra para bancada federal nordestina

Comentários: 0
publicado em 03/04/2012 ás 16h36

A flexibilização do pagamento da dívida contraída pelos agricultores do semi-árido nordestino será o tema da palestra que o deputado Francisco Quintans (DEM) fará na Câmara Federal, no próximo dia 10 de abril, por delegação do presidente da Asembleia Legislativa da Paraíba,deputado Ricardo Marcelo (PSDB). A palestra será dirigida a bancada nordestina na Câmara, com o objetivo demostrar que os agricultores não são “caloteiros”, segundo revelou Quintans.

O deputado Francisco Quintans informou que a palestra tem também o objetivo de sensibilizar os deputados federais do Nordeste quanto a necessidade da adoção de uma revisão da forma de pagamento da dívida, imposta atualmente pelo Banco do Nordeste. “O banco precisa adotar critérios diferentespara casos diferentes. Os agricultores do semi-árido trabalham em uma área em processo de desertificação”, ponderou.

Francisco Quintans assegurou queo agricultor quer paga sua dívida, mas enfrenta dificuldade ante o atualsistema financeiro, que dá tratamento igual a casos diferentes. Ele ressaltou que um agricultor do centro do sul do país, por exemplo, não enfrente as mesmas dificuldades do agricultor nordestino. “O agricultor nordestino não é caloteiro. Contudo, eles precisam de uma flexibilização do governo para poder saudar seus débitos”, declarou.

O parlamentar informou também que os agricultores estão exigindo o cumprimento da Lei Federal nº 12.599, de 23 de março de 2012, que trata da renegociação da dívida do produtor rural. “Essa lei garante a renegociação da dívida para aqueles que contraíram empréstimos até o valor de trinta e cinco mil reais”, acrescentou.

O agricultor rural que não poder pagar perde a terra onde trabalha e produz alimentos, conforme ressaltou o deputado Francisco Quintans. “Não podemos admitir que o agricultor perca a sua terra, única fonte de renda e de sustento de sua família. E o pior é que isso pode ocorrer por falta de sensibilidade do sistema financeiro, que insiste e dar tratamento igual a casos diferentes”, finalizou.
 

Assessoria