João Pessoa, 19 de dezembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Parceiro de militância desde os tempos estudantis na Universidade Federal da Paraíba e patrono da escolha que levou Luciano Agra sair do “anonimato” pra virar vice, o governador Ricardo Coutinho hoje teria dificuldades se optasse por tentar convencer seu sucessor na Prefeitura a abrir espaço para outra candidatura.
Não se trata de insubordinação ou acinte à hierarquia política e nem muito menos ingratidão. Prefeito da Capital desde a renúncia do titular, Agra tomou afeição pelo projeto e, apesar de ainda se manter virgem no quesito da malícia política, avalia-se detentor de credencial técnica e administrativa para tocar o barco em frente.
Tirando a fase atual já no posto de gestor e voltando ao desenvolvimento do modelo de gestão do PSB, o arquiteto não cobra, mas intimamente guarda certeza imorredoura de que o êxito do governo socialista, tem sua parcela de contribuição na formatação do planejamento e concepção, desde os tempos de comando ricardiano.
Em que pese a modéstia do estilo sobremaneira discreto e as labaredas sempre acesas do fogo amigo que vez por outra lhe chamuscam, nas reflexões solitárias do alto de sua varanda no Bairro de Manaíra, Agra não vislumbra no jardim girassol outra pétala a reunir com maior desenvoltura os requisitos de aglutinação político-popular para enfrentar 2012 que não seja a sua própria. E, pensando bem, tem toda razão.
Mini-reforma –
De tão decidido a enfrentar o desafio, o prefeito já tem anotado na sua caderneta as alterações que devem ser feitas no seu secretariado quando janeiro de 2012 chegar.
Ordem na casa –
Antes de mudar auxiliares, Agra precisa fazer revolução no próprio estilo excessivamente ponderado de tratar a equipe e dá lugar a um chefe mais rigoroso.
Transferência de data –
O prefeito Veneziano Vital (PMDB) pode adiar para janeiro a reunião pré-marcada com os prefeitáveis do PMDB, cujo objetivo é pedir autorização da inclusão dos nomes nas pesquisas dois institutos que aferirão à preferência do eleitorado e apresentação do questionário e critérios. “Será algo muito singelo”, adiantou Vené.
Tempo de festa –
Em contato com a Coluna, Veneziano disse que pretende manter o encontro para o final do ano, mas reconhece que o período recheado de festas natalinas e confraternizações pode dificultar a agenda. “Mas faremos tudo de forma respeitosa e democrática”, frisou.
Nome do PMDB é prioridade –
Veneziano mantém a crença na construção de uma candidatura com DNA peemedebista e por enquanto não cogita alterações no plano de vôo de 2012, apesar de outras postulações alinhadas. “Teremos argumentos e elementos para torná-la competitiva”.
Vitrine –
Durante recente almoço com empresários campinenses, o deputado Guilherme Almeida (PSC) avisou a Veneziano que vai se “expor” mais a partir de janeiro do próximo ano.
Na serra –
O vice-governador Rômulo Gouveia (PSD) concentrou a agenda de fim de ano na Borborema, onde se desdobra em entrevistas para prestação de contas do governo.
Pazes com Campina –
O ‘gordinho’ está animado com o lançamento do projeto de urbanização do açude de Bodocongó, que será anunciado pelo governador Ricardo amanhã em Campina Grande.
Ponto final –
Para estancar as especulações, os secretários Tatiana Medeiros (Saúde) e Metuselá Agra (Esportes) se encontraram e emitiram nova nota à imprensa negando desentendimentos.
Pra anotar –
Chateado ao quadrado, conhecido vereador de Campina Grande se prepara para anunciar rompimento definitivo com a candidatura a prefeito de seu grupo na cidade.
Efeito Fiat –
Pra calar os seus críticos, o governador Ricardo desapropriou 538 hectares em Caaporã para a instalação do pólo industrial de empresas da cadeia automotiva e outros setores.
Aprovado –
Antes de oficializar a licença, o deputado Tião Gomes (PSL) comunicou a decisão ao governador. Ricardo só perguntou qual seria a linha do suplente. Gostou do que ouviu.
Deu águia –
Adversário nos negócios do jogo do bicho, o deputado João Gonçalves (PSDB) não deve ter ficado muito feliz com a ascensão do concorrente Mikika Leitão (PSL).
Fim de papo –
O líder Hervázio Bezerra (PSDB) não vê mais razão para a polêmica da LDO, esqueleto da LOA. A votação do Orçamento marcada pra amanhã bota um ponto final na história.
Ambiente de cifrão –
A ex-vereadora Paula Frassinete (PSB) se prepara voltar à Câmara. Ao lembrar-se da derrota de 2008, desabafou: “Na realidade eu sei que houve muito dinheiro”.
PINGO QUENTE – “Se eu tivesse recebido R$ 100 mil, ainda seria pouco”. Do prefeito da pequena Marizópolis, José Vieira (PTB), debochando do título de campeão em gastos (quase R$ 30 mil) em diárias, segundo dados do TCE.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024