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Ao contrário do que muitos podem ter, precipitadamente, pensado, as casas de apostas não se opõem à regulamentação da atividade no Brasil, legalizada no País desde dezembro de 2018. Pelo contrário, os bookmakers já esperam por regra claras há algum tempo e destacam que serão positivas para a imagem e hábitos de consumo no segmento, um dos mais lucrativos do planeta.
Como se sabe, em julho deste ano o Governo Federal publicou no Diário Oficial a Medida Provisória que altera a Lei 13.756/2018 e permite que o Ministério da Fazenda regularize definitivamente o setor de apostas esportivas no País.
Além de estabelecer uma taxação de 18% sobre o chamado “grossgamingrevenue”, a proposta algumas regras para publicidade. As empresas ficarão responsáveis pela promoção de jogos responsáveis e a prevenção aos vícios.
Na verdade, empresas internacionais do segmento como a própria líder mundial Bet365 e a 22bet já trabalham com o conceito de “Jogo Responsável”, tendo uma parceria com o próprio usuário, pelo menos um membro de seu grupo familiar para que se evite que alguém se vicie na atividade. Além disso, nenhum menor de 18 anos pode se cadastrar e abrir uma conta nestas e em outras empresas conceituadas em todo o mundo.
A imagem do segmento também tende a melhorar com a regulamentação. Segundo uma pesquisa encomendada pelo Aposta Legal Brasil, desenvolvida Pela Opinion Box, nada menos que 64% dos brasileiros creem que a regulamentação do setor trará benefícios ao País.
Pela mesma pesquisa sabe-se que mais de 40% dos consultados acreditam que há uma percepção no aumento da confiança em relação aos sites e que a regulamentação dará ainda mais segurança aos apostadores brasileiros. A busca por mais transparência também é defendida por muitos dos ouvidos para a pesquisa.
Muitos bookmakers já fazem parte dos esportes brasileiros por meio de patrocínios com os principais clubes e atletas do País. Dos 20 clubes da principal série do futebol brasileiro nada menos que 19 têm marcas destas empresas estampadas em seus materiais esportivos. O clube com maior valor em um acordo do gênero é o Corinthians, com mais de R$ 30 milhões no contrato publicitário, mas Botafogo, Flamengo e outros gigantes também formaram parcerias do gênero, que não se resumem às agremiações do chamado Centro-Sul. Fortaleza e Bahia, por exemplo, também têm casas de apostas como parceiros.
Por mais que se queira impedir o inevitável, as apostas esportivas pela internet são uma tendência que veio para ficar. Certamente ainda há quem tenha algum receio em relação à segurança das operações, mas as principais empresas cada vez mais investem em tecnologia de criptografia de dados para impedir fraudes e a ação de hackers em suas operações.
Para aumentar a segurança e impedir que se repitam casos como os investigados pela Operação Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás, a proposta do Governo Federal proíbe que dirigentes de clubes e jogadores apostem. Assim, se coibirá as manipulações de resultados combatidos pelos próprios empresários, que fazem questão de enfatizar que jamais podem ser responsabilizados por casos do gênero.
Em nações como a Inglaterra e outros na Europa, que há anos convivem com as apostas pela internet, a regulamentação permite mais transparência e as próprias empresas do segmento e beneficiam com a maior segurança. A imagem das chamadas “bets” é bastante positiva e o índice de satisfação dos milhões de clientes que diariamente fazem seus lances pela rede é altíssimo. Isto prova que pode e deve haver uma parceria entre Poder Público, casas de apostas e clientes.
O Brasil tem uma imensa população e a maior parte é apaixonada por futebol e por outros esportes. Por isso, ainda existe um imenso potencial de expansão para os próximos anos e nosso País está entre as prioridades nas estratégias dos gigantes mundiais do setor. A regulamentação será um passo à frente neste caminho e é bem-vinda por todos os interessados.
MaisPB
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