Hoje me peguei pensando no tempo que trabalhava com artistas. Comecei pensando nas manias, depois, superstições. Sei que gosto cada um tem o seu, mas me veio na memória uma chata que não gostava de cadeira de alumínio, outra que queria toalhas pretas, outra tão boazinha que só pediu cerveja no frigobar, outra que queria sushi, outra que não recebia ninguém. Uma me chamava de rapaz, outra de senhor, outro de menino. Lembro daquele que não gostava de marrom, a maravilhosa que o carro não podia ser preto ou branco.

Consequentemente lembrei-me que nunca gostei de roupa na cor vinho.  Será que tenho um lado de TOC também? Será que todo mundo esconde uma mania? Pois bem, o problema da cor me veio desde pequeno, confessei isso no BlaBlaCar indo em direção à praia da Pipa – que para mim nunca seria uma pipa de cor vinho. Acho estressante pensar no feminino da cor vinho; nunca combinaria uma saia “vinha”.

Dou risadas pensando nisso, nessas bobagens, mas a Ana,  motorista do aplicativo, falou que ela fica muito bem de vinho. Tentei imaginar, coloquei um tubinho nela na minha mente fértil e não aprovei, realmente é um problema só meu! Mas há a bebida linda que sua cor é fantástica, se bem que eu prefiro os rosés. A única coisa que o vinho cai bem, na minha sincera opinião é uma bela cortina de veludo em um pomposo Teatro em qualquer lugar do mundo! 

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