João Pessoa, 30 de março de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O terrorista Osama bin Laden teve quatro filhos no Paquistão depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, revelou sua esposa mais jovem aos policiais paquistaneses, segundo um informe consultado nesta sexta-feira (30) pela France Presse.
O documento detalha pela primeira vez, a partir de uma fonte oficial paquistanesa, o caminho trilhado pelo chefe da rede terrorista da al-Qaeda desde a sua fuga do Afeganistão, após a intervenção militar americana no fim de 2001, até sua morte, em maio de 2011, em um ataque americano na cidade de Abbottabad, no norte do Paquistão.
A iemenita Amal Abdulfattah, de 30 anos, a mais jovem de suas esposas, foi detida após este ataque pelas autoridades paquistanesas junto com outras duas esposas sauditas de Bin Laden, e várias crianças que tiveram com ele.
Segundo o relatório, Amal, que entrou no Paquistão em julho de 2000, viajou posteriormente para Kandahar, no sul do vizinho Afeganistão. Após o casamento, se instalou com o chefe da al-Qaeda e suas outras três esposas.
A família se separou depois dos atentados de 11 de setembro.
Amal diz que se refugiou durante oito a nove meses em Karachi, a megalópole do sul do Paquistão, onde as redes islamitas estão presentes.
Também disse que, posteriormente, se reuniu com Bin Laden em Peshawar, a principal cidade do noroeste paquistanês. Eles permaneceram na região por cerca de três anos, dois deles em Haripur, a uma hora e meia por estrada de Islamabad.
Durante a fuga, Amal teve quatro filhos de Bin Laden. Dois nasceram em Haripur: Aasia, uma menina em 2003, e Ibrahim, em 2004.
Os outros dois nasceram em Abbottabad: Zainab, uma menina, em 2006, e Hussein, em 2008.
As três esposas de Bin Laden devem ser acusadas em breve pela justiça paquistanesa por entrada e residência ilegal no país. Correm o risco de serem condenadas a penas de prisão antes de serem expulsas.
Neste informe, a comissão de investigação da polícia recomenda que a iemenita Amal e seus filhos sejam "imediatamente repatriados ao seu próprio país".
G1
OPINIÃO - 22/11/2024