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Publicidade Fidel anuncia encontro com o Papa nesta quarta-feira

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publicado em 28/03/2012 ás 09h47

O ex-presidente de Cuba Fidel Castro encontrará nesta quarta-feiracom o Papa Bento XVI, no último dia da visita do Pontífice à ilha, anunciou o líder cubano em artigo publicado no site oficial “Cubadebate”.

Cumprimentarei Sua Excelência o Papa Bento XVI, como fiz com João Paulo II, um homem a quem o contato com as crianças e os cidadãos humildes do povo suscitava invariavelmente sentimentos de afeto”, escreveu Fidel.

No texto, intitulado “Os tempos difíceis da Humanidade”, Fidel explica que decidiu solicitar ao Pontífice “alguns minutos de seu muito ocupado tempo” quando soube, através do chanceler cubano, Bruno Rodríguez, que o Papa “apreciaria esse modesto e simples contato”.

Em seu artigo, o líder cubano, de 85 anos, não especifica onde nem quando acontecerá o encontro.

O Papa se reuniu na terça-feira com o presidente de Cubano, Raúl Castro, no Palácio da Revolução, em Havana. O encontro ocorreu a portas fechadas. Segundo autoridades, os dois líderes conversaram sobre temas de Havana e da Santa Sé. Ao final, os dois acenaram para população, e foi possível ver Raúl Castro conversando sobre fusos horários com Bento XVI. O presidente cubano comentou que atrasou o começo do horário de verão na ilha como cortesia ao Pontífice.

Bento XVI e Castro mantiveram um encontro que se prolongou por 40 minutos, um período considerado "muito amplo" pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, que destacou a importância que o pontífice deu à reunião.

O Pontífice termina nesta quarta-feira sua visita de três dias a Cuba com uma missa às 9h (horário local) na Praça da Revolução, em Havana. Ele deve embarcar para Roma às 16h30, depois de um percurso pela cidade no papamóvel até o aeroporto de Havana.

Na terça-feira, Marino Murillo, o vice-presidente do Conselho de Ministros e supervisor das reformas impulsionadas pelo governo cubano, respondeu às críticas de Bento XVI ao sistema político da ilha, dizendo que Cuba continuará socialista, não fará reforma política e o marxismo — que o Papa havia considerado “ultrapassado” — vai continuar a ser sustentado no país.

O Globo