Aquele que tem uma razão para viver pode suportar quase tudo. Frase adaptada da máxima famosa de Nietzsche, presente na obra Crepúsculo dos Ídolos.

Ter propósitos, razões que nos motivem, que tragam tenacidade, resiliência, capacidade para enfrentar ou receber o que quer que a fortuna nos traga. Todos temos algum propósito. E estes mudam durante nossa existência e são diferentes de pessoa para pessoa. Em algum momento, as conquistas materiais podem ser esse propósito. Em outro momento, um novo amor pode ser esse “porquê”. Filhos, família, amigos, carreira… todos motivos que podem dar significado, sabor, cor, brilho à vida.

Logoterapia. Desenvolvida no início do século XX, por Viktor Emil Frankl, sobrevivente dos campos de concentração nazistas,  seria uma abordagem da psicoterapia concentrada na busca de sentido para a existência humana. Vê o homem como um ser orientado para o sentido. Sem isso, o que existe são as frustrações tão presentes e perceptíveis em nosso tempo atual, causa do vazio existencial experimentado por tantos de nós.

Propõe uma visão não reducionista, onde o homem posiciona livremente sua existência para além das condições biológicas, sociológicas e psicológicas a que está submetido. Para este homem, o essencial na vida não seria um conceito abstrato, mas, algo concreto, que construímos diariamente a partir do que amamos, do que aprendemos, do que realizamos. E, não somente por nós, enquanto seres individuais, mas pelo outro, pelas gerações que nos sucederão.

Todos temos um abrigo em nossos corações. Um lugar onde habita um sentido. Muitos passam a vida sem  entender seu propósito. Eis nosso desafio diário: aprender a transcender o transitório. Encontrar o sentido em valores, não apenas em coisas ou situações.  “Amar, amar, cada um por cada um, é este o sentido”.uue

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