João Pessoa, 12 de outubro de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O titulo acima é de uma canção de Caetano Veloso. Eu gostava de títulos longos…
Uma criança vive e morre dentro da gente. Às vezes escapa da morte ou coisa parecida, às vezes, é achada morta ou bala perdia.
Às vezes é a última do vagão, com o riso mais inocente das vagas lembranças. Não me lembro de ter sido criança, logo cedo fiquei velho.
“Uma criança sorridente, feia e morta, estende a mão”
Uma criança não consegue se desfazer do tempo, ao invés de acenar, estende a mão. Olhos se prendem, se perdem de vez na multidão.
A morte de uma criança surge na guerra. Uma criança não, muitas.
Crianças mortas em todas as partes e mesmo assim, permanecem no noticiário
Elas tornam-se alvo de si mesmas, no movimento inocente e doloroso da guerra, das cidades lotadas indefinidas.
Crianças no fosso da tv, não conseguem livrar-se sequer de uma ruga nossa, de expressão. Criança, não, por favor
O brilho alucinado lembra as constelações, crianças mortas na guerra, são milhões.
Ainda ontem ouvi um repórter dizer: em instantes a cobertura completa da guerra entre Israel e palestinos. Criança, não.
Dezenas de crianças morrem nos confrontos.
Faz chover, Senhor, faz chover a paz.
“Meu querido Jesus, o que é que há?”
Não há mais o esplendor dessa memória infantil
Kapetadas
1 – Hoje não tem kapetadas
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OPINIÃO - 22/11/2024