João Pessoa, 17 de outubro de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A instalação do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, em carros pode gerar multa para o motorista, danificar peças do motor e até causar explosões. Na noite desta última segunda-feira (16), em São Mamede, no Sertão, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu um veículo com um botijão alimentando o motor. Essa é uma gambiarra bastante comum na Paraíba.
+PRF flagra carro usando gás de cozinha como combustível no Sertão da Paraíba
Apesar do gás de cozinha também ser um combustível, ele não possui a mesma segurança que a gasolina, o etanol e o gás natural oferece. A utilização de um botijão no carro é proibida por lei, e a instalação geralmente é feita de forma caseira. De acordo com o policial rodoviário federal, o agente João Neto, o gás de cozinha pode transformar o carro em uma bomba relógio.
“Botijão de gás de cozinha é construído para ser mantido em situações estacionárias, parado. Ele não é tão resistente quanto o cilindro de Gás Natural Veicular (GNV) e pode não suportar o trabalho e se romper, colocando a vida de todos os ocupantes em risco”, ressaltou o policial rodoviário federal ao programa Hora H, da Rede Mais Rádio.
“Para piorar, os outros componentes do sistema, como mangueiras e conexões, que são montados através de gambiarras, não tem certificação e podem vazar gás, colocando novamente todos sob perigo de uma explosão. Não é raro acontecer em carros com esse tipo de instalação precária”, afirmou João Neto.
Além da possibilidade de explosão, os gastos ao utilizar um gás de cozinha podem ser muito maiores. O GLP é seco e não contribui em nada com a manutenção do motor. Ou seja, a vida útil será muito menor, fora a possibilidade das peças se fundirem.
Lembrando que a utilização do botijão de gás de cozinha no carro pode gerar uma multa de R$ 195, mais cinco pontos na carteira do motorista e a retenção do veículo, até que a retirada do combustível irregular seja completa.
MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024