João Pessoa, 20 de março de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Pelo menos 46 pessoas morreram, e mais de 230 ficaram feridas, numa série de atentados no Iraque, na pior onda de violência registrada desde fevereiro. Nenhum grupo insurgente reivindicou os atentados, mas as autoridades trabalham com a hipótese de que o braco da Al Qaeda no país esteja por trás dos ataques.
O pior episódio aconteceu na cidade sagrada (para os xiitas) de Carbala, onde dois carros-bombas explodiram em uma área comercial repleta de pessoas e perto de um restaurante. Pelo menos 13 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas.
"A intenção desses ataques foi desestabilizar a situação de segurança de Carbala e de outras cidades do Iraque, bem como abalar a confiança das pessoas no governo. Parece que os terroristas querem abortar a conferência de países árabes em Bagdá. A mensagem é dirigida aos líderes árabes de que o Iraque não é um país seguro para ser visitado", disse Hussein Shadhan al-Aboudi, membro do conselho provincial da região.
Carbala está localizada a 80 km da capital Bagdá e é o centro de peregrinação de milhares de devotos xiitas.
Na cidade de Kirkuk, no norte, um carro-bomba explodiu perto da sede policial, matando nove pessoas e ferindo 42, disseram fontes da polícia e da saúde, enquanto que em Bagdá um carro-bomba perto do prédio do conselho provincial matou quatro e feriu 11.
Explosões também aconteceram em Baiji, Samarra, Tuz Khurmato, Daquq e Dhuluiya, todo o norte de Bagdá, em Ramadi no oeste, e Hilla, Latifiya e Mahmudiya, no sul.
A polícia em Baquba, no nordeste do Iraque, afirmou que também encontrou e desativou oito bombas, e policiais em Falluja, no oeste, disseram que desativaram uma bomba às margens de uma rua.
Autoridades não descartam novos ataques, na medida em que centenas de dignitários e jornalistas devem convergir para a capital na próxima semana.
Folha.com
OPINIÃO - 22/11/2024