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Naldinho Freire, prepara novo álbum e coordena projeto Brasil – Cabo Verde

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publicado em 05/11/2023 ás 08h50

Depois de passar uma longa temporada entre a Europa e Cabo Verde, o músico, cantor, compositor e produtor cultural, Naldinho Freire, está de volta aos palcos da Paraíba. Nascido em João Pessoa, no Bairro de Cruz das Armas, o artista e ‘cidadão do mundo’ volta a mostrar seu talento reconhecido pela crítica e público. Em setembro deste ano, foi o diretor musical do 17º Tributo a Otacílio Batista – A Poesia Vive e, agora, está em fase de organizar seu próximo trabalho, ao lado de Sílvia Patriota. “Em cada lugar que visito, me deixo alimentar pelas cores e expressões de seus anfitriões, enriquecendo a percepção de suas próprias raízes e seu lugar no mundo, qual toda boa embarcação que encontra sentido no ato de navegar”, disse o autor do álbum ‘Lapidar’, pelo selo Caravela Records com distribuição da Warner Music Brasil, que está disponível nas plataformas digitais.

Atualmente, Naldinho Freire está trabalhando as canções que estarão no seu próximo álbum, coordena um projeto de intercâmbio entre o Quilombo Lunga – Alagoas e Cabo Verde – África, que entre os resultados estão o Documentário ‘Quilombo Lunga e as Batukadeiras de São Domingos’ e uma publicação com artigos de vários pesquisadores brasileiros e de autores caboverdianos, com depoimentos das batukadeiras e de mestras e mestres quilombolas. “Ainda faço parte da equipe que está produzindo o álbum do compositor do Rio Grande do Norte, Antônio Ronaldo de Souza, além das atividades diárias que a música nos proporciona, concertos, reuniões para montagem de agenda e estudos musicais”.

Naldinho continua desbravando territórios e construindo pontes entre todos os povos e enxerga a cultura como um dos bens mais preciosos de uma nação. No início de dezembro, ele volta a Cabo Verde, onde vai desenvolver vários projetos pessoais e em parceria com Sílvia Patriota. Ao longo de sua carreira, Naldinho Freire gravou um vinil, três CDs, um DVD, participações em coletâneas, concertos em várias cidades do Brasil e europeias. No ano de 2019, ele lançou o seu quarto álbum de título, ‘Sem chumbo nos pés’, e realizou turnê pelo Brasil, além de apresentá-lo em Cabo Verde, Argentina e em Portugal.

O artista disse que os principais motivos que o fizeram retornar ao Nordeste foi os próprios caminhos da vida, a música e as atividades relacionadas às políticas para as artes. “No ano de 2011, depois que vivi uma temporada entre a Europa e Cabo Verde, fui convidado para assumir o cargo de Representante da Fundação Nacional de Artes (Funarte), para as regiões Norte e Nordeste”, disse. Nesse período, ele fixou residência no Recife, depois em Belém. “Devido ao golpe de 2016 contra a presidenta Dilma, a representação foi extinta. Daquele período em diante, me dediquei totalmente ao meu trabalho musical, que culminou no álbum ‘Sem chumbo nos pés’, ou seja, voltei novamente para estrada com a minha música, revisitei cidades e países onde já havia atuado para a divulgação e lançamento do álbum”, contextualizou.

No período pandêmico, Naldinho Freire recebeu uma proposta do Selo Caravela Records – Rio de Janeiro – RJ, para lançar o seu primeiro álbum, o vinil ‘Lapidar’, nas plataformas digitais. “Logo que foi possível circular, realizei shows em São Paulo, cidade que naquele momento eu residia e em outras cidades do Nordeste e Norte do Brasil, fechando esse ciclo em João Pessoa, com uma atividade em parceria com o Grupo Voz Ativa, aquele momento foi decisivo para que eu voltasse a residir na capital paraibana, uma noite com muita música, cheia de memórias musiclubeanas, onde reencontrei Sílvia Patriota e atualmente vivemos uma relação de companheirismo e afetividade”, pontuou.

Tributo – Sobre sua participação no Tributo a Otacílio Batista, Naldinho Freire disse que foi uma honra poder, coletivamente, participar desse projeto, que para montagem, teve como base para trabalhar, o álbum ‘Nas Asas do Uirapuru – Sílvia Patriota canta Otacílio Batista’. “Ouvi, minuciosamente, o trabalho e apliquei elementos dos arranjos observando a estrutura musical que tínhamos, um Octeto”, explicou. Para apresentar as músicas e os arranjos, foram usadas três vozes, um viola com cinco pares de cordas (conhecida como viola caipira), um violão de seis cordas, uma flauta transversal, um contrabaixo acústico e uma percussão, nessa respectiva ordem, a cantora Sílvia Patriota e sua filha, Ludmila Patriota, a participação de José Patriota (filha, neta e filho de Otacílio Batista), o violeiro Rodolfo Lopes, eu toquei violão, Cornélio Santana, flauta e pífano, Elma Virgínia, uma excelente contrabaixista e Marcílio Otávio, percussionista que atua em apresentações do Grupo Voz Ativa.

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