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VÍDEO: Família de Shaolin fica frente a frente com acusado de provocar acidente

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publicado em 19/03/2012 às 12h05

Familiares do humorista Shaolin estiveram, pela primeira vez, frente a frente com o motorista acusado de entrar na contramão da rodovia BR-230, em Campina Grande (PB) e bater no carro que o artista dirigia, em janeiro de 2011. A mulher do comediante, Laudicéia Veloso, e outros parentes se encontraram com Jobson Clemente durante uma audiência no Fórum de Campina Grande, que começou na última terça-feira (13).

Antes dos depoimentos, todas as testemunhas se reuniram na sala de audiência. Foi quando Laudicéia e Jobson estiveram próximos por alguns minutos.

– Foi ruim, eu não me senti bem. [Estar ao lado de Jobson] te leva para o dia do acidente. Te leva pro momento em que você recebeu a noticia e em que você chega no hospital e vê o estado dele. Isso tudo passou pela minha cabeça no momento em que eu passei naquela sala que eu vi o rapaz.

Quase todas as testemunhas convocadas pela defesa e acusação compareceram à audiência. O enfermeiro Linaldo Rodrigues, o primeiro a socorrer Shaolin, estava lá. Assim como os policiais rodoviários Marcelo Rodrigues e Fernanda Guedes.

Da família do humorista, foram convocados Joverlaine, o irmão mais novo do humorista, e Laudicéia.

Depois de seis horas, o julgamento foi suspenso. Algumas testemunhas da defesa moram em outras cidades e ainda serão ouvidas. Na saída, Jobson saiu rapidamente ao lado da esposa e, novamente, não falou com a imprensa.

Jobson foi denunciado pelo Ministério Público por crime de transito sem dolo eventual. Isso quer dizer que não existem agravantes na acusação. Em casos assim o motorista não vai a júri popular e a sentença é definida pelo juiz.

A pena máxima prevista para lesão corporal e omissão de socorro no transito é de dois anos para cada infração. Para o promotor Luciano Maracajá, que acompanha o caso de Shaolin, o código de transito no Brasil favorece o infrator.

– A soma dos dois crimes praticados pelo Jobson pode resultar em uma condenação máxima de quatro anos. Essa pena pode transformada em restritiva de direito. Ao invés de o indivíduo ir para o cárcere para refletir sobre o mal que causou, ele vai simplesmente que prestar um serviço à comunidade ou ter a carteira de habilitação suspensa, por exemplo.

A sentença do juiz deve sair dentro de dois ou no máximo três meses. Quando isso acontecer, a fase processual do caso estará encerrada. Mas nessa casa aqui em Campina Grande outra batalha continuará sendo travada: a luta diária pela recuperação de Shaolin.

R7