Manoel Alexandre Cavalcante Belo. O primeiro doutor que conheci. Eram poucos os Doutores na Paraíba. Eu havia concluído o curso de Direito em Sousa em 1987, assumira o cargo de Técnico do Tesouro Nacional no Ceará e me transferira para João pessoa em 1989.

Dr. Alexandre coordenava, com especial atenção e zelo, uma especialização em Direito Financeiro na UFPB. Professor de notável conhecimento, lecionava Direito Administrativo e ou constitucional com maestria ímpar e exemplar empolgação.

Em quase toda a minha formação jurídica ele esteve presente: outra especialização (1992); orientador do Mestrado (2003); em cursos preparatórios ao concurso  de Auditor da Receita Federal do Brasil.

Depois, embaralhamos mais ainda as nossas vidas, quando ele me convidou para lecionar Legislação tributária em Academia que fundara com a Professora Livramento. Daí, então, estivemos juntos como colegas na Escola Superior da Magistratura,  no antigo UNIPÊ e na FESP.

Seu currículo é gigantesco. Graduado em Direito, Mestre em Direito pela UFSC; Mestre em Ciência Política (DEA) – Université Des Sciences Sociales de Toulouse, e Doutor de Estado em Ciência Política pela mesma Universidade. Vice-Diretor e Diretor do Centro de Ciências Jurídicas da UFPB.  Consultor da Comissão Especial de Direito Administrativo da OAB, Advogado, ufa! Paremos por aqui.

Belo, como carinhosamente eu o chamo, é um gigante, um homem singular, risada hiperbólica, mas graciosa; cheio de arroubos, mas de um coração amoroso; às vezes impetuoso, impaciente, espetaculoso, mas cheio de boas vontades. Perspicaz e dono de um discurso fluido, convincente, um homem bom, grande professor, daqueles que a gente não esquece.

Semana passado defendi tese de doutoramento. Ele nem foi meu professor, mas é como se tivesse sido, pois seus ensinamentos se estenderam pelo tempo e, vivos, chegaram  até aqui. Obrigado, Belo. Pelo exemplo, pelo incentivo, pelo acolhimento lá atrás. Um grande abraço, amigo.

@professorchicoleite

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