João Pessoa, 06 de dezembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Tido e havido como o pensador das estratégias da oposição, o ex-deputado Gilvan Freire conctata a Coluna e nega convite e aceitação, revelados por gente da intimidade do ex-governador Maranhão, para coordenação de campanha do grupo oposicionista em João Pessoa.
Na epístola, o notável advogado enterra o assunto com a verve e o domínio retórico que lhe é peculiar, trazendo um dado novo. O de que pendurou definitivamente as chuteiras e abandonou o jogo político. Pelo menos, dentro de campo.
“Não sou e nem serei coordenador ou militante de nenhum candidato ou movimento político e partidário daqui em diante. Não subirei em palanque político de ninguém. E não se saberá em quem vou votar nas próximas eleições”, adianta.
Mas ressalva: “Pretendo, contudo, preservar minhas relações de amizade com lideres políticos de nosso estado. Com quase todos me encontro freqüentemente. Mas, ainda sim, fosse para achar boas razões políticas a fim de justificar essas amizades, certamente teria mínimas e nenhum motivo”.
E arremata com seu privilegiado raciocínio: “Mesmo fora da política, continuo masoquista e impossibilitado de recuperar por completo a lucidez. Isso são vícios e deformidades antigos que entraram em minha alma porque a deixei escancarada e desprevenida”. A novidade que se extrai: daqui pra frente, Gilvan se absterá de publicizar seu voto. E precisa?
Confiabilidade –
“Considero uma avaliação muito positiva. Os números mostram confiança da população no governador e não mais no candidato”, resume Paulo de Tarso, diretor da Consult.
Prazo de validade –
Tarimbado no ramo de pesquisas há mais de 20 anos, Paulo, entretanto, vê nos dados o aumento da responsabilidade do governo em corresponder as expectativas futuras.
Entre erros e acertos –
O governador Ricardo Coutinho voltou a comentar os números da Consult/Correio, no mesmo tom de superação da fase mais delicada da gestão. “Ninguém se iluda ou ache que o povo se mira em meia dúzia de pessoas. O povo adota sua lógica. O povo sabe que o governo, entre erros e acertos, tem buscado acertar mais”.
Vitamina para Agra –
O extrato da avaliação do governo em João Pessoa animou a militância girassol, que tem a missão de manter o espaço do PSB na Capital. “A população está percebendo que as transformações são irreversíveis. Não adianta lutar contra a marcha do tempo”, avaliou o prefeito Luciano Agra (PSB).
PT não se convence –
O deputado Anísio Maia (PT), fervoroso opositor de Ricardo Coutinho na Assembléia, não se deu por vencido e viu nos 51% de aprovação da gestão socialista um resultado sofrível. “A pesquisa mostra que este governo não atrai os paraibanos. Também pudera, é um governo cheio de escândalos”.
Repúdio –
Resolução tirada pelo diretório municipal do PT condena projeto do deputado Luciano Cartaxo. O dispositivo quer extinguir a edição de medidas provisórias pelo governo.
Nova tentativa –
A Prefeitura de João Pessoa voltou a manifestar disposição de acordo com o Aeroclube do Bessa e de reabrir as negociações. Mais dinheiro e terrenos foram colocados à mesa.
Nem sim, nem não –
O presidente da entidade, Rômulo Carvalho, se manifestou: “Nunca estivemos fechados. Nossa preocupação não é com valores, mas com a continuidade dos serviços”.
Prioridade –
Geilson Salomão, ex-procurador-geral de João Pessoa, advogada a urgência da criação de grupo e projeto profissional de captação de grandes empresas ao nosso Estado.
Se agarrando –
Se no mandato Sérgio da Sac (PSL) vivia em cima do muro, agora cassado o ex-parlamentar briga com unhas e dentes pra ficar bem pertinho do prefeito Luciano Agra.
Lentidão –
O coordenador de projetos do Ministério da Integração, José Luiz de Sousa, garantiu ontem que as obras da transposição dos São Francisco nunca paralisaram na Paraíba.
Entraves –
Ele botou a culpa da lentidão na burocracia de readaptações de projeto e aditivação em contratos. Em 2011, 3 mil trabalhadores continuaram nos canteiros, segundo Luiz.
Em pauta –
O deputado Wilson Filho (PMDB) foi convidado pela Viva Rio e confirmou presença no ciclo de debate sobre drogas, promovido pela ONG, no Rio de Janeiro, amanhã.
Pujança –
De acordo a Secretaria Nacional de Comércio Exterior, Campina Grande é a cidade paraibana que mais exporta. Saltou de US$ 59 milhões (2010) para US$ 63 milhões.
Enquadrado –
Aliados acreditam que o presidente da Unimed-JP, Aucélio Gusmão, se sairá bem no Conselho de Ética, onde tentará explicar a multa de R$ 47 mi aplicada pela Receita.
PINGO QUENTE – “Tem vereador me ligando pedindo a CPI”. Do líder da oposição na Câmara de João Pessoa, Fernando Milanez (PMDB), insinuando que gente da bancada agrista só pensa numa fatia da pizza dos livros.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024