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Prisão de Padre Egídio foi necessária por riscos de novas fraudes, diz Ricardo Vital

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publicado em 17/11/2023 às 08h59
atualizado em 17/11/2023 às 06h41

O desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba, afirmou, na decisão que decretou a prisão preventiva do Padre Egídio Carvalho que o religioso poderia continuar cometendo fraudes com os recursos desviados do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

“Fica evidente a possibilidade de haver outros pagamento ilegais, ocultos ainda aos olhos dos órgãos de investigação, organizados e estruturados, entre os participantes do apontado esquema criminoso”

“Existe a possibilidade de ocorrerem  novas fraudes em relação aos valores obtidos por meio de empréstimos, com cifras milionárias, pactuados pelo presidente das instituições, Egídio de Carvalho Neto e suas convivas Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte Silva Dantas, uma vez que tais valores não foram cristalinamente contabilizados junto aos cofres das instituições, além dos indícios de confusão patrimonial envolvendo os ex-gestores, ora investigados, os quais podem estar no usufruto e proveito dos frutos obtidos com as práticas delitivas reiterada”, diz a decisão que o Portal MaisPB teve acesso.

+ Ao decretar prisão, Ricardo Vital diz que Padre Egídio desviou recursos para construir fortuna

Segundo o Gaeco, o Padre Egídio ficará sob custódia aguardando à disposição da Justiça. Segundo a investigação, o religioso participou de um esquema de desvios de recursos públicos estimados em cerca de R$ 140 milhões.

+ Egídio desviou verba usada na distribuição de refeição e tratamento de Aids

Esses desvios foram operacionalizados através do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana, e ocorreram entre 2013 e setembro deste ano.

“Os atos ilícitos investigados tiveram um impacto devastador em diversos programas sociais essenciais. Entre eles, a distribuição de refeições a moradores de rua, o amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o ENEM, cuidados de pacientes com HIV/AIDS, entre outros. Além disso, as operações ilícitas afetaram gravemente o Hospital Padre Zé, comprometendo o atendimento a populações carentes e necessitadas”, diz a nota divulgada pelo Gaeco.

MaisPB