João Pessoa, 16 de março de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O Ministério Público de São Paulo solicitou a abertura de um inquérito policial para investigar a conduta da advogada Ana Lúcia Assad durante o julgamento que condenou seu cliente Lindemberg Alves Fernandes pela morte da ex-namorada dele, Eloá Pimentel.
Durante o julgamento, a advogada disse que a juíza Milena Dias deveria "voltar a estudar". Na época, a juíza já tinha solicitado o envio de cópia do processo ao Ministério Público para apurar eventual crime contra a honra. Segundo ela, a advogada fez a afirmação "de forma jocosa, irônica e desrespeitosa".
Segundo a assessoria do Ministério Público, o pedido de abertura de inquérito foi feito pela promotora criminal Iussara Brandão e foi encaminhado ontem à Delegacia Seccional de Santo André (Grande SP). Agora, o Ministério Público deverá aguardar a conclusão do inquérito.
JULGAMENTO
Lindemberg foi condenado no mês passado a 98 anos e 10 meses de prisão pela morte de Eloá Pimentel, 15, e mais 11 crimes. Ele ainda poderá responder por mais um crime, após ter afirmou no julgamento que comprou uma arma com a numeração raspada e que havia começado a andar com ela dias antes do crime.
O crime contra Eloá ocorreu na casa da vítima, em Santo André (Grande SP), após a adolescente ter sido mantida em cárcere privado por mais de cem horas.
A pena total foi a soma das seguintes condenações: 30 anos pelo homicídio de Eloá Pimentel; 20 anos pela tentativa de homicídio a Nayara Rodrigues; 10 anos pela tentativa de homicídio do PM Atos Valeriano; 24 anos e dois meses para os cinco cárceres privados; 14 anos e oito meses pelos quatro disparos com arma de fogo.
Folha.com
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