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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Buenos dias

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publicado em 19/11/2023 ás 07h00
atualizado em 18/11/2023 ás 17h42

Toda vez que viajo passo um tempo dormindo e acordando em meio a sonhos na volta, não recordando o que passou, mas a mente me indica viagens vindouras. Armazeno tudo e assim que acordo, anoto nas linhas do caderno virtual dos celulares, aquele afeto cerebral para que mais “adelante” eu possa conferir no mundo real as maravilhas a mim impostas de maneira extremamente benéfica. 

“Adelante” foi uma forma de começar a falar dos nossos vizinhos hermanos. A cidade de Buenos Aires está mais bem cuidada, “por increible que parezca”. 

Primeiro passo foi sair de Montevidéu e ir direto para Colonia del Sacramento, ainda no Uruguai, sempre passo por lá, uma paixão antiga. O dia estava especial, sol forte com ventinho frio. Clima europeu numa das cidades mais românticas do mundo na minha opinião, só perde para Veneza… E posso dizer que está melhor com o tempo!!!! Muito difícil você encontrar uma cidade pequena com esse nível de sofisticação sem sofrer a temível gentrificação. Tive vontade de usar um tom rosa no geral, para ornar com esse ar de romantismo por aqui, também confesso que ando meio no flerte dos tons pastéis…Um pôr do sol lindo na despedida para pegar o transporte de Navio/Balsa que tem por lá entre os dois países. Acordei na minha cidade favorita, eu rodo, rodo, rodo esse mundão e não me sinto tão acolhido e maravilhado com tudo isso que esse pedaço misturado de França, Espanha, Itália, Hungria, República Checa me oferece. As pessoas falam que é decadente. Nunca acho. E repito minha admiração toda vez que chego aqui. São tantas coisas de que gosto que hoje completo minha maioridade nesse chão porteño que piso pela 21ª vez. Mas falo isso não por ostentação, não vou me gabar com isso, é plena obsessão mesmo que começou em 1995. Ainda flertando com os tons pastéis, saí em direção à flor famosa que se movimenta conforme a luz solar, que hoje estava intensa, sabe o motivo? Fui fazer as pazes com ela, pois eu a detestava, achava boba, coisa de turista, hoje a peço perdão, essa viagem é a última parte da comemoração dos meus 50 anos e estou na fase da remissão e compaixão, portanto, vejo o seu rico valor, sinto seu pulso, hoje a reconheço como clássica, linda e de uma “fuerza bruta”. San Telmo y Recoleta não fazem mal a ninguém, fui rever o movimento da ponte da mulher no Porto Madeiro. E fomos de Museus com suas peculiaridades e obras de nomes célebres: Renoir, Degas, Rodin, Gauguin, Monet e tantos outros como nossa Tarsila. 

De repente “la noche” cai, tomamos um banho gelado, porque esquentou o clima e trocamos de roupa para bater perna e fazer a linha turistão “dazantiga”, clichezão delícia; saímos sem rumo pelos encantos da bela Avenida de Maio e chegamos na praça de Maio com a Casa Rosada, Catedral, bla bla bla… Sei que caímos de penetra( um achado grátis) numa apresentação de Milongas “muy ricas”!

Fomos a bares, restaurantes e casa de Tango sempre surpreendidos com as famosas carnes magníficas em “punto rugoso”. 

A viagem só acaba porque tem que acabar, fica sempre um gostinho de quero mais( demais).

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB