João Pessoa, 03 de dezembro de 2023 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Revirando os cacarecos e velharias daqui de casa, me deparo com um pequeno “walkman”. A internet já aposentou este termo, hoje no site de buscas, chamam-no de leitor de k-7, toca-fitas portátil ou reprodutor de fitas. Mas eu encontrei meu walkman e pasmem, com uma fita k-7 dentro. A forma de trocar músicas, gravar programas de rádio e versões inéditas das músicas tocadas pelos DJs – pra depois tocar nos bailinhos de garagem, assustados, tertúlias – eram as fitas K-7. Comprava-se uma fita virgem, das diversas marcas que havia no mercado, BASF e TDK e logo tocávamos o terror no PLAY/ REC/ PAUSE no walkman ou no 3 em 1. O inventor faleceu recentemente, era holandês assim como a empresa Philips que consagrou a invenção pelo mundo. Todo jovem tinha o sonho de ter um aparelho em casa que tocasse a fita, que gravasse( queimasse) a fita, depois, que emprestasse a fita pra um amigo e que a desembaraçasse com uma caneta bic quando ela enrolava . Mas a questão é que reencontrei uma grande amiga, a Isabelle N. Que era muito amiga da Isabela L., filha da saudosa e educadíssima Gitana, prima da minha mãe, e tudo por causa de uma fita esquecida dentro de um walkman da época. Revirando trecos, estava a fita lá, assinada. O apetrecho estava sem pilhas, logo veio a gana de correr no supermercado em frente pra comprar a bateria e ver se tudo funcionava. Deu certo! Caetano soou lindamente seu “leãozinho” num som abafado divino e nostálgico que só quem é da época pode lembrar e sentir essa emoção que chega a ser sensual além de sensorial. Corri para as mídias buscando a amiga que não via há mais de 30 anos e a reencontrei. De imediato mandei a foto da fita com a assinatura dela. Ela responde com fotos dos filhos crescidos, do marido, da sua nova vida na América. Trocamos reminiscências e risadas. A rede pode ser social sim e do bem, basta querermos! Por mais reencontros assim! Obrigado, Zuckerberg
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OPINIÃO - 22/11/2024