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ECONOMIA

Credores aceitam proposta grega para perdão de dívida

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publicado em 09/03/2012 ás 09h26

Pelo menos 85,8% dos credores privados da dívida da Grécia aceitaram o plano de reestruturação proposto pelo país, segundo Autoridade de Gestão da Dívida Pública (PDMA).

A proposta do governo inclui o perdão de € 177 bilhões da dívida grega, por meio da troca dos títulos da dívida por outros de valor menor.

Na prática, os detentores privados de € 152 bilhões em dívida grega (85,8%) – dos € 177 bilhões do total – aceitaram o perdão de forma voluntária. A eles se somam os possuidores do resto da dívida inscritos em leis diferentes da grega, que enviaram seu consentimento para proceder à reestruturação de seus títulos. Segundo os cálculos da PDMA, a soma destes dois tipos de bônus chegaria a € 197 bilhões, ou seja, 95,7% dos € 206 bilhões em dívida a reestruturar.

A reestruturação da dívida é vital para evitar que o país se declare em suspensão de pagamentos no dia 20 de março ante a impossibilidade de quitar € 14,4 bilhões em dívidas que vencem nessa data. Isso porque a aceitação do plano de reestruturação é mais uma das etapas necessárias para que a "troika" (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) desbloqueie a parcela de € 130 bilhões em ajuda.

O temor dos mercados é que um calote desordenado da Grécia causaria mais turbulência nos mercados globais, alimentando temores de que outros países da zona do euro, como Portugal e Irlanda, também caminhem para o default.

A Grécia advertiu que não aceitaria a operação a menos que ela contasse com uma participação mínima de 75% dos credores. Os bancos do mundo todo que possuem títulos da dívida grega tinham até as 17h (horário de Brasília) para participar voluntariamente da operação. Com a aprovação de pelo menos 75%, os demais credores poderão ser obrigados a aceitar o acordo.

IIF
O acordo de perdão da dívida em mãos do setor privado foi negociado em fevereiro pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), entidade que representa os credores privados, com os ministros da zona do euro, junto com o acordo para redução dos gastos do governo grego.

Na véspera, o órgão, que representa as maiores instituições financeiras globais emitiu um comunicado assinado por 30 bancos, seguradoras e fundos de investimentos, declarando adesão à proposta grega.

G1