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Governo aceita desculpas da Fifa após “chute no traseiro”

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publicado em 08/03/2012 ás 20h19

O governo brasileiro aceitou o pedido de desculpas do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e do secretário-geral da entidade Jérôme Valcke, que na última sexta-feira sugeriu um "chute no traseiro" do país ao cobrar agilidade no andamento das obras e da votação da Lei Geral da Copa.

O ministro disse que a presidente Dilma Rousseff aceitará o pedido de Blatter para que uma reunião seja marcada –ainda sem data.

Segundo a reportagem apurou, essa reunião deverá acertar os detalhes de como será a negociação entre governo e Fifa, e o papel de Valcke nessa interlocução. Aldo Rebelo se recusou a dizer se voltaria a negociar com Valcke.

Valcke, de início, classificou de "infantil" a reação brasileira ao "chute no traseiro". Depois, pediu desculpas e disse que houve um erro de interpretação na tradução da frase, dita em francês.

Rebelo também aceitou as desculpas de Valcke, em carta mais curta do que a enviada a Blatter. "Comunico que suas desculpas foram aceitas", disse o ministro na carta.

Ontem, Blatter fez questão de escrever que esperava uma Copa extraordinária e que ainda tinha problemas políticos a serem resolvidos com o governo do país.
Antes de saber que o governo havia aceitado as desculpas, o presidente da comissão que analisa a Lei Geral da Copa, Renan Filho (PMDB-AL), disse que Valcke foi "inconsequente e de linguajar chulo. Já para o presidente da Câmara, Marco Maia (PT- -RS), a declaração merece "um chute de volta".
Já o empresário e ex-atacante Ronaldo disse, ontem, que não tirava a razão de Valcke.

"A frase, além da interpretação, pode ter sido errada, pode ter sido uma tradução ao pé da letra sem contar com o sentido exato da frase. Eu não sei também, nem me interessa, mas ele mesmo se desculpou com o ministro Aldo Rebelo. Foi uma infelicidade, mas não tiro a razão da reclamação dele. O Brasil se comprometeu de entregar a Lei Geral da Copa, se comprometeu com obras de infraestrutura e tem muita coisa atrasada", disse Ronaldo.

Folha