João Pessoa, 07 de março de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O corpo do ex-líder da rede terrorista da al-Qaeda, Osama bin Laden, não foi lançado ao mar como disseram as autoridades americanas, mas levado para os Estados Unidos em um avião da CIA (agência de investigação do país), noticiou nesta quarta-feira (7) o jornal espanhol ‘Público’, citando documentos vazados pelo WikiLeaks.
E-mails da Stratfor Global Intelligence, empresa privada de segurança conhecida como ‘CIA na sombra’, aos quais teve acesso o ‘Público’ e outros jornais, revelam que o sepultamento de Bin Laden em alto-mar nunca aconteceu. Ele foi assassinado por um comando especial de forças americanas em 2011 em Abbottabad, no Paquistão.
Em mensagem classificada como ‘superconfidencial’ pelo ‘Público’, Fred Burton, um dos diretores da empresa com sede no Texas, diz: ‘fui informado que trouxemos o corpo. Graças a Deus’. O e-mail tem o título de ‘OBL’, o que o jornal espanhol interpretou como as iniciais de Osama bin Laden.
Na mensagem seguinte, Burton escreve ‘(alpha) O corpo esta a caminho de Dover, Delaware, em um avião da CIA’, detalhou o ‘Público’, que explicou que ‘a palavra-chave ‘(alpha)” significa que a informação é ‘limitada a uma reduzida cúpula de máxima responsabilidade na corporação’. O jornal assinalou que em Dover há uma base da Força Aérea dos Estados Unidos.
‘Depois seguirá até o Instituto de Patologia das Forças Armadas em Bethesda’, perto de Washington, acrescenta Burton, ex-agente especial do Serviço Secreto Diplomático do Departamento de Estado dos EUA.
Em outra mensagem no contexto de uma conversa entre analistas da Stratfor, Burton revela que ‘o corpo segue em direção a Dover e já deveria ter chegado’.
Em outra conversa aponta: ‘se o corpo foi jogado no mar, coisa que duvido, seria um toque muito ao Adolf Eichmann. A Tribo fez o mesmo com as cinzas desse nazista. Nós quereríamos ter a fotografia, o DNA, as impressões digitais, etc… Seu corpo é como a cena de um crime e não concebo que o FBI (polícia federal americana) e o Departamento de Justiça permitissem semelhante coisa’.
OPINIÃO - 22/11/2024