João Pessoa, 06 de março de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A economia brasileira desacelerou em 2011. O PIB brasileiro, que representa a soma de bens e produtos finais produzidos no país, cresceu 2,7% no ano passado, informou nesta terça-feira o IBGE. Em valores, ele somou R$ 4,143 trilhões. No quarto trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta de 0,3% em comparação ao trimestre imediatamente anterior e um avanço de 1,4% frente ao mesmo período do ano passado. O PIB per capita (PIB dividido pela população residente no país) atingiu R$ 21.252, em valores correntes.
Grande parte dos analistas e do próprio governo esperava por variação entre 2,6% e 3,0%. A última prévia do PIB divulgada pelo Banco Central apontava para alta de 2,79%. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sustentava que a expansão do PIB ficaria próxima de 3,0%.
O IBGE revisou as taxas trimestrais do ano de 2011 e o último trimestre de 2010. Agora, em vez da estagnação, a economia brasileira apresenta retração de 0,1% frente ao trimestre anterior. No segundo trimestre, a taxa passou de 0,7% para 0,5%; no primeiro trimestre, passou de 0,8% para 0,6% e no quarto trimestre de 2010 ficou em 1,1% em vez de 0,7%, sempre na comparação com o trimestre anterior.
Taxa de investimento atinge 19,3% do PIB
A taxa de investimentos da economia brasileira atingiu 19,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, informou o IBGE. Já a taxa de poupança correspondeu a 17,2% do produto. Taxa de investimento em 2011 ficou abaixo daquela de 2010, quando atingiu 19,5%
Pela ótica da oferta, o maior destaque do PIB coube à Agropecuária. O segmento apresentou expansão de 3,9% em relação a 2010. Já Serviços avançou 2,7% e a indústria cresceu 1,6%.
Já pela ótica da demanda, o consumo das famílias e a Formação Bruta de Capital Fixo, que sinaliza os investimentos, apresentaram expansões de 4,1% e 4,7%, respectivamente, frente a 2010.
Crescimento puxado pela demanda interna
Em 2011, o crescimento da economia foi capitaneado pela demanda interna, que apresentou uma contribuição de 3,4%, enquanto o setor externo teve peso negativo de 0,7%. Em 2010, o panorama também era de pujança do mercado interno, bem mais elevada, com contribuição de 10,3%, enquanto o setor externo registrou participação negativa de 2,7%.
O Globo
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