João Pessoa, 07 de janeiro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Escrever é mesmo um desafio, construir um tema em meio à natureza humana de tantos imbecis, não é nada fácil. Ou não faz sentido, ter sentido? O bando dos intolerantes, ilusórios da praça vazia, (que um dia foi do povo), vai permanecer mediano. Sei não, mas o que passou, não passou, não. Muita gente chega a 2024, com cara de ontem.
O desafio e as dificuldades e as demandas etc para muitos, ninguém está nem aí. Ninguém move uma palha, uma palhinha sequer. Atenção para o refrão – cada dia os motoqueiros dirigem em alta velocidade. Li que a grande maioria dos acidentes na PB, envolvem motos. Falação, digo direção, não gera civilização.
Na luz do mar, o retrato cruel de zumbis pra lá e pra cá, principalmente no entardecer e meu computador sentimental não me ajuda em nada. Só não sei do que nada sei. Meu notebook pifou e eu tenho que mandar consertar, igual panela de pressão, mas onde eu nunca fui e vou, tenho que me virar com um celular, minha arma quente.
A vista que me falta, o corpo detalhado da mulata, e às vezes, eu sou teimoso, olho tanto para a dona que passa na calçada da praia e aumenta minhas dores no pescoço. Nem Ivan Lins nos salvará, nem Pandora, a deusa da paciência, que não está conosco até o pescoço. Ou seja, no cérebro, Deus não chega. Deus dará?
Em uma das minhas inúmeras passagens pelo Inferno de Dante encontrei gente brilhante fazendo números, ardendo numa sala imaginária arejada de chamas e lá no Purgatório, Homero me chama para medir ou mediar as consequências. Deu um frio na barriga.
Não hesitei, não tenho medo, mas foi melhor o chamado de Homero, pois os desafios são muitos e quase propus uma curadoria. Tá doido! Mas em meio a tantos detalhes antigos do Roberto, quebrei o porta-retrato, porque na moldura era eu quem sorria.
Para me concentrar, sentar-me a ouvir Homero, (foto) dei um tiro no Google e nem preciso dizer – deixa que eu tomo canta da garrafa do Prosecco. Por outro pensar, à volta de mais de 9 trilhões de anos, eu queria logo saber quando sairíamos dali para o paraíso e encontrar Beatriz, a noiva de Dante, com seus vastos assuntos e belezas intermináveis.
Na fila do pão do que o diabo amassou encontrei com Rosa dos Ventos, amante de Rosa de Ouro, nas bodas em festas de 75 anos de casadas celebradas pelo eterno Frei Damião do Bozanno. Penso que o nome disso é delírio da minha resistência.
Não, escrever não é um desafio, sequer estragar a cena falando bobagens no seu Instagram. Acorda Mané, que teus seguidores não te seguem, eles prometem um coquetel molotov taco, taca, taco taca – bem longe do cânone eurocentrismo. Ué, você já foi ao Japão?
De modo voraz, um pouco simbólico talvez, me vi na cabeça de Golda Meir mas não chegaria a tempo para acabar com as guerras, para abrir os olhos de quem não respeita o direito do outro, possuído pela ganância. E o conteúdo? Assim de cara com sua cara de ontem você não emplaca seu bobo. Sequer na forma genuína de expressão e cosmovisão, porque loucura pouca nunca é bobagem, sempre bobagem.
Embora existam muitos nomes não citados aqui, inclusive do otário que compra seguidores, chefe das reflexiones Tomé e Bebé, eu ainda prefiro Zumbi que come Zabé e Zabé que come Zumbi.
E aí, há vida em Marta?
Kapetadas
1 – Tem sentido uma coisa que não faz sentido?
2 – Nada mais faz sentido. Isso faz sentido pra você?
3 – Se o Brasil fosse uma tese de doutorado, seria reprovado por falta de consistência.
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OPINIÃO - 22/11/2024