João Pessoa, 03 de março de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ex-deputado federal e ex-secretário de Transportes do Distrito Federal Alberto Fraga foi denunciado pelo Ministério Público do DF por porte ilegal de arma e de munição.
A denúncia, feita na última quinta (1º) pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (Ncoc) do MP, pede a condenação de Fraga a até 16 anos de prisão, além de multa.
Em outubro do ano passado, Fraga foi alvo da Operação Regin, da Polícia Civil, que investigou suposta cobrança de R$ 800 mil em propina praticada por parte de servidores da Secretaria de Transportes a uma cooperativa de ônibus do Gama.
No cumprimento de mandados de busca e apreensão, foram apreendidos em um flat um revólver Magnum, quase 300 munições de uso restrito e mais de mil projéteis de uso permitido que não estão registrados, de acordo com a Promotoria. O flat estava em nome do ex-secretário-adjunto de Transportes que, em depoimento, afirmou que o material era de Fraga.
Conforme a Promotoria, Fraga, como coronel aposentado da Polícia Militar, poderia ter armas registradas em seu nome.
O G1 tenta contato com Alberto Fraga e deixou recado no celular, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Ao jornal "Correio Braziliense", Fraga afirmou ter uma academia para formação de vigilantes e que as munições estão registradas. Segundo ele, a denúncia foi feita para prejudicá-lo.
Cobrança de propina
Em outubro do ano passado, após a Operação Regin, Fraga negou participação no esquema de cobrança de propina.
Segundo a polícia, gestores dos Transportes teriam cobrado propina da Cooperativa dos Profissionais de Transporte Alternativo do Gama (Coopatag) para colocar 50 ônibus nas ruas entre o final de 2008 e início de 2009.
A operação foi batizada de Regin, em referência ao “anão da ganância da mitologia nórdica”, informou a polícia. Na ação, foram presos ex-servidores da secretaria.
G1
BIÊNIO 2025-2027 - 26/11/2024