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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Sinalização violenta

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publicado em 16/01/2024 ás 07h00
atualizado em 16/01/2024 ás 07h25

Qualquer aumento da violência, crueldade, fraude, desemprego, discriminação, perseguição escambau já estamos todos no esgarçar dos limites.

Olha, essas coisas como a ideia falsa de que a corrupção é uma característica da democracia não cola e não existia no “tempo de Salazar”. Pelo amor de Deus, se orienta.

A violência em João Pessoa  triplicou, todo dia, todo dia. Quando os blogs pipocaram sobre o cara que foi ao Shopping Mangabeira e baleou uma mulher grávida – a gravidade do calor aumentou. Fiz uma oração.

Não deu cinco minutos os blogs e portais jogaram nas redes que a mulher não resistiu e morreu.  Que notícia perturbadora para a “paz” dos espíritos, a começar por qualquer capítulo dessa violência geral.

Ela trazia outra vida no ventre que foi interrompida, duas vidas e a notícia viralizou já nessa sistemática da violência contra as mulheres, quando, cotidianamente são mortas por seus maridos, namorados etc. Tudo isso está fora de controle – o feminicídio reina disparado no Brasil .

 A mídia fala nisso todo dia, todo dia, todo dia. E não quer dizer que não seja o pior momento a esses abusos, exatamente porque não se podia falar disso. Ora, mais respeito!

Nada mais ficará minimizado, a pancadaria está matando muita gente além do noticiário. Salve-se quem puder? Não, não existe mais esse meme. Aliás, talvez o que de mais grave se esquece, mesmo nas aceleradas divulgações, é à nossa responsabilidade e cidadania. Estamos no mato sem cachorro? Faz tempo.

Como alguns agora dizem, e é verdade, são coisas das metrópoles, mas não somos metrópole, não somos o Recife, somos uma cidade em que se vivia em paz, apesar de que muitos horrores acontecem aqui e ninguém fica sabendo.

Matar uma mulher grávida, é um horror. Matar a mulher, tem que apodrecer na cadeira. Imagino a dor da família, ao ver a mãe sair todos os dias para trabalhar e é morta à queima roupa.

O que eu queria dizer ao citar todos estes males sociais e políticos que desgastam a liberdade, a cidadania, é que eles têm autores, uns mais conscientes do que estão a fazer, outros buscando trabalho para sustentar a família, outros pirados, uns tarados, muitos atolados em dívidas, diversos querem  um prato de comida e não têm onde cair morto. Mas não justifica.

 Eu juro que não sei como terminar esse texto.

Kapetadas

1 – Meu maior defeito é falta de tempo

2 – Andar de Celta, com motorista, é o mesmo que ir à praia de smoking.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB