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CRIMINOSO

Brasil está entre os 25 países com maior taxa de assassinato de mulheres

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publicado em 01/03/2012 ás 20h58

Quatorze países da América Latina – incluindo o Brasil – e Caribe estão entre os 25 Estados com maior taxa de feminicídios, segundo um relatório da organização Small Arms Survey que aponta El Salvador como o país com mais homicídios de mulheres.

Entre as regiões com um índice de feminicídios de mais de seis por cada 100 mil mulheres – considerado muito alto – estão El Salvador, Jamaica, Guatemala, África do Sul, Rússia, Guiana, Honduras, Azerbaijão, Antilhas, Colômbia, Bolívia e Bahamas. Por outro lado, Brasil, Lituânia, Belarus, Venezuela, Letônia, Belize, Cazaquistão, Moldávia, Quirguistão, Ucrânia, Equador, República Dominicana e Estônia estão no grupo dos países com uma alta taxa de homicídios de mulheres, de entre três e seis para cada 100 mil mulheres.

Segundo o estudo da Small Arms Survey, em torno de 66 mil mulheres são assassinadas a cada ano, 17% das quais são vítimas de homicídios intencionais. O relatório Feminicídio: Um Problema Global analisou os dados de assassinatos de mulheres em nível mundial de 2004 a 2009 e concluiu que a porcentagem de feminicídios é "significativamente maior nos territórios com altos níveis de homicídios".

Em geral, as taxas de feminicídios são mais elevadas em países caracterizados por altos índices de violência, e nestes casos as mulheres "são atacadas na esfera pública e os assassinatos são perpetrados em um clima de indiferença e impunidade". Apesar de em geral existir uma relação entre o número total de homicídios e a porcentagem de mulheres assassinadas, no caso do Leste Europeu e da Rússia esta tendência não se cumpre, já que estas regiões apresentam taxas de feminicídio "desproporcionalmente altas" em relação aos homicídios em geral. Um terço dos crimes contra as mulheres são cometidos com armas de fogo.

Em países como Brasil, Colômbia, El Salvador, Guatemala e Honduras, 60% dos assassinos de mulheres utilizam armas de fogo, uma taxa que chega a 80% no caso de Ciudad Juárez (México).


EFE

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