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Procuradores reclamam de salários e sobrecarga de servidores do MPPB

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publicado em 24/01/2024 às 11h20
atualizado em 24/01/2024 às 09h56

O Colégio de Procuradores do Ministério Público da Paraíba (MPPB) aprovou por unanimidade, nessa terça-feira (23), reajuste de 6% nos salários dos servidores. Agora, o projeto segue para votação na Assembleia Legislativa da Paraíba. Durante a sessão, conduzida pelo procurador-geral de Justiça, Antônio Hortêncio, integrantes do colegiado questionaram a situação dos funcionários do MP.

O procurador Álvaro Cristino Pinto Gadelha Campos foi o primeiro a se pronunciar e cobrar atenção do órgão aos servidores. Para Pinto Gadelha, é preciso que o MP “procure melhorar a situação dos servidores e membros da instituição”. “Diante de um pouco mais ou nada, prefiro um pouco mais”, avaliou.

Já o procurador Francisco Sagres reclamou da sobrecarga e falta de remuneração adequada, a seu ponto de vista, para os servidores, a exemplo daqueles que prestam serviço de assessoria aos gabinetes.

“Os desembargadores [do Tribunal de Justiça] têm dez assessores e dois servidores. Nós, só temos três. Meus assessores estão trabalhando nas férias. Eu acho, senhor procurador [Antônio Hortêncio], que temos que sentar, criar uma comissão para fazer avaliação geral, buscar moldar a situação do Ministério Público”, afirmou.

“Pessoal nosso está trabalhando muito e ganhando pouquíssimo”, diz Sagres. 

Esse é o mesmo entendimento do procurador Victor Manoel Magalhães. Ao discursar, Magalhães disse que Sagres e Pinto Gadelha “tocaram na ferida”. “Não tem porque nosso servidor ficar aquém do servidor da magistratura. O problema é sério”, frisou.

O procurador-geral de Justiça, Antônio Hortêncio, afirmou que a porcentagem de reajuste apresentada aos servidores ultrapassa a inflação. Mas, reconheceu a necessidade de reparar danos passados.

“A correção do nosso orçamento foi de 4% e a inflação ao final do ano não chegou a 5%. Então, o reajuste que estamos dando está acima da inflação. Sempre digo. Existem perdas de anos que atingiram a todos nós, membros e servidores. Sabemos que se tivéssemos condições, tentaríamos fazer mais”, concluiu.

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