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O Tribunal de Justiça da Paraíba decidirá na próxima terça-feira (30) se mantém ou revoga a prisão do Padre Egídio de Carvalho Neto, acusado de desvios milionários no Hospital Padre Zé.
O processo consta na pauta da Câmara Criminal e está sob relatoria do desembargador Ricardo Vital de Almeida. Além de Egídio, recorrem da prisão Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte Silva Dantas, também acusadas de integrar o esquema criminoso. O três foram presos durante a operação Indignus.
Em seu parecer, o Ministério Público defendeu a manutenção das prisões para garantia da ordem pública.
“A liberdade dos investigados equivale à garantia da impunidade e à perpetuação de um infindável ciclo de ocultação patrimonial, o qual dificultará significativamente a recuperação do produto financeiro desviado. Este, por sua vez, poderá futuramente contribuir para a restauração da saúde financeira da instituição e, consequentemente, para a ampliação do espectro de atuação em proteção dos pobres e necessitados, perpetuando a missão do Padre Zé”, justificou a procuradora Maria Lurdélia Diniz de Albuquerque Melo.
Lurdélia prossegue ainda dizendo que os desvios praticados pelos investigados afetou a vida de diversas pessoas, sendo a maior parte de pacientes que necessitavam do serviço de saúde pública.
A prisão do Padre Egídio
Padre Egídio Carvalho foi preso de forma preventiva no dia 17 de novembro durante a segunda fase da ação coordenada pelo Ministério Público da Paraíba e até hoje segue detido na Penitenciária Especial do Valentina de Figueiredo, apesar de frustradas tentativas de liberdade junto a Cortes Superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Além de Egídio, também foram decretadas as prisões de Amanda Duarte e Jannyne Dantas. A primeira foi colocada em prisão domiciliar e a segunda continua presa no Presídio Feminino Júlia Maranhão, em João Pessoa.
MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024