João Pessoa, 03 de fevereiro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Já passaram por esse espaço meu pai, minha mãe, meus amigos e o velho e invisível Avôhai, que falava pronunciando reticências do gado, do povo marcado.
A manicure e pedicure Neide de Arrigo Barnabê, os bem vindos e bem-casados, Eça e Ella Fitzgeald, Nina e Simone, sem Simaria sambando, menos Maiara & Maraisa.
Passaram o velho Zuza, Nequinho, o mendigo Serafim, cujo tesouro era um saco nas costas, e o louco que achava ele era um relógio.
Os poetas Walter Galvão, Drummond e Leminski e os que criaram ilusões óticas, seguidas de papos de oitão. Passaram a professora Z, o cinema de Vianei e a bruxa M, que não vale um tostão furado. Até o General Osório, dava o ar de sua graça e desgraça.
Também passaram meninas de tranças com seus gemidos abafados e o disco Transa do Caetano.
O Cidadão Kane, Orson Welles e o magnata da mídia Charles Foster Kane, que ao morrer, pronuncia a enigmática palavra “Rosebud”.
O ProjetoK e minha prima de São Paulo, Joana Darck, que pulou uma fogueira, mas antes, me deu o nome de Kubitschek. O bico do pássaro da manhã e minha kuca batuca.
Bares, farras e as tripas de todas as tribos da mais sutil miséria. O bairro de Miramar, Loca Como Tu Madre e a fome de viver de David Bowie, além dos namorados da canção de Chico César, que andavam nus lado alado com a utopia. A jia, seu marido jiló e a geleia de mocotó colombo. Haja lombra. Muita língua e muita malicia. Até o eixo do sol e o menino Miguel.
O signo meu ascendente escorpião, a virgem sem sangue e o extinto Clube da Varanda. Também Bolinha, Lili, Nito e o imprevisível e volúvel finado Snobel. JardeLindo, a tresloucada europeia Maumetica, Alé Penteado e Claudicante Piva.
A Beira Rio, berinha de cama, as Muriçocas do Miramar, a luxuria de Padre Egidio, Tigido, tingido, tinindo na lente de Tarantino, menos as raparigas de Chico.
Passou por aqui a ponte da liberdade, que liga João Pessoa a Bayeux e as putas de todas as esquinas, na qual machos enrustidos tiram o atrasado da mesmice. Os gays, travecas e Nossa Senhora do Bom Parto.
Por aqui, Jesus, o traíra Judas e Lázaro que morreu duas vezes. Marcos Pires e seu polegar esmagado no asfalto e a Glória de Tal. A generosidade (não o egoísmo) de poucos, a bondade e o cuscuz. Até a nobreza. E os desenhos eróticos do KamaSutra.
Passaram tanta coisa por aqui: mais elegante Vandinha, a transcendental Dani Fialho e a bela preta Anita, minha namorada do Castelo Branco. Meu medo, meu tesão.
O pitoresco e o medíocre que compra seGuidores e faz cenas com postagens idiotas.
Benditas sejam as nuvens cor de algodão do Cabo Branco, elas passam, passarão. E eu também, passarinho.
Kama e mesa. Sexo tantra. Só entende quem penetra.
K não explica
Kamikaze é um termo em japonês que significa vento de Deus ou vento divino, na língua portuguesa. Precisa dizer mais? Esta palavra tornou-se conhecida por ser o nome de um tufão que, supostamente, teria salvo o Japão de ser invadido por um exército de conquistadores do Império Mongol. Já pensou, um império mongol?
Kapetadas
1 – E esse fevereiro que não passa, hein?
2 – Atrás de uma grande fortuna há um crime. E, às vezes, na frente, embaixo, em cima e dos lados.
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TURISMO - 19/12/2024