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Ato de deficientes físicos acaba em violência na Bolívia

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publicado em 26/02/2012 ás 11h43

A polícia dispersou com gás lacrimogêneo na quinta-feira uma manifestação de deficientes físicos que cem dias atrás deixaram suas comunidades para pedir ao governo que lhes conceda um subsídio anual. A imprensa local estimou em 50 o número de deficientes, entre eles crianças, que participaram da marcha que chegou à capital da Bolívia, La Paz.

No momento em que os manifestantes tentaram romper o cerco policial que os impedia de se aproximar da sede do Executivo, os agentes dispararam bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los. Logo depois, eles declararam uma greve de fome.

O vice-ministro do Interior, Roberto Quiroz, disse que quatro policiais e seis manifestantes ficaram feridos nos confrontos e que cinco foram presos. Um dos líderes do grupo e deputado da oposição, Jaime Estivariz, disse à rádio Erbol que a polícia cometeu abusos ao bater e lançar bombas de gás nos manifestantes.

A marcha dos deficientes físicos teve início com 17 pessoas, no dia 15 de novembro, na cidade de Trinidad, a 390 quilômetros a nordeste de La Paz. No caminho, outros se juntaram ao grupo. Os manifestantes querem um subsídio anual mínimo de 432 dólares e uma lei que garanta o pagamento de forma permanente. O governo ofereceu 144 dólares em uma única parcela, cujo pagamento foi iniciado com a intenção de interromper a marcha.

Estadão