João Pessoa, 12 de fevereiro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A vida é um Carnaval e nós somos eternos foliões. O tempo todo fantasiados de acordo com nossas idealizações de felicidade e perfeição. Às vezes soltamos gritos de alegria, às vezes de dor. Uma hora estamos na avenida, outra hora, na janela, apenas a observar a overdose de cores, sons e emoções alheios.
Nesse eterno reinado de Momo, quem governa os acontecimentos? Os amores, as desilusões, a solidão… quem diz quando as luzes devem se apagar e a música parar? É tudo aleatório ou o percurso já está traçado na avenida? Seguimos orientados pelas cordas de contenção? Todos usando sua máscara e fantasia, pulando no mesmo ritmo frenético. Alguns perto do palco, outros tentando ver um pouco da festa, lá de traz, no meio da multidão.
A vida é um Carnaval e às vezes as máscaras caem. Nem sempre a expressão por detrás dela condiz com o acessório. Geralmente as máscaras caem quando a música acaba, e a porta se fecha atrás de nós. Mas, no outro dia, recomeçamos a festa. Recompomos nossas fantasias, nossas máscaras, nossa “alegria”.
É um espetáculo sem fim. Festejamos ainda que quebrados porque tudo passa. Tudo passa menos nossas fantasias, nossas idealizações, nossa fome de felicidade. Esse entorpecimento que nos faz esquecer a realidade. Como a Colombina que brinca com o Pierrot, mas sempre na esperança de reencontrar o Arlequim.
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VÍDEO - 14/11/2024