João Pessoa, 24 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Após meses distantes dos ‘abraços fraternais’, quando a derrota para Ricardo Coutinho (PSB) os separou, José Maranhão (PMDB) e os petistas Luciano Cartaxo e Rodrigo Soares não escondem mais que agora estão em trincheiras separadas. Como se não bastasse o mal-estar que começa a ser criado com a proximidade da disputa pela Prefeitura da Capital, o ex-governador Maranhão foi mais além e fez confissões que ferem diretamente a até então harmoniazada relação entre o PMDB e o PT paraibano, durante entrevista ao programa do “padre” Albeni Galdino, nesta quinta-feira (23).
Em tom de desabafo, Maranhão trouxe lembranças dos fatos que marcaram sua trajetória política, principalmente as situações mais recentes. Sobre o pacto com o PT, que resultou na escolha de Rodrigo Soares como vice de sua chapa, o ex-governador admitiu: só aceitou o acordo por se ver obrigado pela direção nacional.
Disposto a não esconder nada, Maranhão deixou claro que sabia que o PT não tinha força política para o embate com Ricardo e Cássio, mas se viu forçado a “engolir”.
Clima ruim – Quem já havia dado o tom da relação entre o PT e o PMDB, foi Luciano Cartaxo (PT). Em declarações dadas no final do último mês, o deputado foi incisivo ao avisar que o PT só aceitaria compor com outras legendas, a exemplo do PMDB, se for na condição de cabeça de chapa. Para o parlamentar, “a fase de vice do PT já passou”, lembrando justamente o que viveu quando figurou como o substituto de Maranhão no Palácio.
“Chega de votar no PMDB e no PSB. Respeitamos esses partidos, mas o PT tem que mostrar o que pensa par a cidade de João Pessoa”, disse o parlamentar.
MaisPB
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