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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Bom senso

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publicado em 19/11/2011 ás 09h27

Escrevo antes do final da Assembleia convocada pelo Fisco. Pode ser que antes desta leitura o senhor ou a senhora já esteja sabendo por esse mesmo jornal do fim da greve, por vontade da própria categoria. De qualquer forma, fechei a Coluna preferindo não crer nos ventos que sopravam novo adiamento do julgamento do mérito programado para ser retomando hoje no Tribunal de Justiça.

Em que pese o regimental direito do desembargador Nilo Ramalho, autor do pedido de vista, esperar por mais uma sessão para proferir sua sentença sobre a agitada paralisação, a demanda clama celeridade. A Paraíba não agüenta mais a guerra entre Governo e Fisco, onde só o contribuinte sai ferido no final do combate.

O Tribunal precisa agir no ritmo e intensidade que a situação urge. Do contrário, continuaremos a contemplar a hemorragia dos cofres do Estado e o prolongamento dessa sangria, que compromete as finanças estaduais, fragiliza o comércio, ameaça a produção da indústria e deve espalhar seus rastros por muito tempo. O mister de decidir pela tese de maior plausibilidade jurídica é do Pleno. A decisão ansiada, seja ela qual for, é baliza para o caminho final desse danoso impasse. Por isso, a urgência.

Se o TJ precisar reconhecer a ilegalidade, a categoria volta ao trabalho esperando pelo cumprimento da promessa de reajuste em janeiro de 2012. Se o argumento da legalidade triunfar, caberá ao Governo se curvar ao veredicto, sentar com a categoria e construir uma proposta possível, exeqüível e que seja boa para todas as partes. Principalmente para a Paraíba, a parte que pagará a conta.

Oficial
O procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, topou o desafio do presidente do Sindifisco, Victor Hugo, e promete provar que o Governo fez proposta escrita.

Desmentido
Sobre a acusação de dupla remuneração, Carneiro disse que deixou de receber o salário do Ministério Público, do qual é vinculado, tão logo tomou posse na Procuradoria.

Sindifisco quer voltar a negociar
Victor Hugo voltou a falar em solução consensual para o fim da paralisação da categoria, que se arrasta por 43 dias, sem qualquer avanço nas negociações. O presidente do Sindicato disse que os agentes fiscais aceitam receber os reajustes em janeiro, desde que o Governo assine compromisso oficial.

Intransigência do Sindicato
O Governo refuta o interesse do Fisco em negociar, lembra que a categoria foi recebida por diversas vezes e sempre ouviu a promessa de que todos os reajustes previstos no subsídio seriam honrados em janeiro do próximo ano. “Pedimos crédito de 12 meses para o Governo se equilibrar”.

Avanço e trava na Granja
A direção do movimento se queixa da irredutibilidade do governador. As lideranças do Fisco afirmam que as negociações avançaram com o secretário interino da Receita, Luzemar Martins, mas travaram quando o auxiliar levou a nova proposta a Ricardo. Tudo voltou à estaca zero.

Nova causa
O deputado Branco Mendes (DEM) teme que a ação contra a instalação da indústria de cimento obrigue Alhandra a inaugurar novo e inusitado movimento: ‘os Sem-Fábrica’.

Na trincheira
“Ele me faz acusações mentirosas. Eu tenho orgulho de ter uma história em defesa dos trabalhadores. Ele sempre ficou do outro lado”. Resposta do petista Frei Anastácio.

Juiz de paz
Extremista por natureza, o deputado Anísio Maia (PT) se escalou pacificador na questão e pregou diálogo entre os donos da Fábrica Elisabeth e os assentados de Mucatu.

Filiação
“Ele faltou com a palavra”. Desabafo do deputado Doda de Tião sobre a quebra do “acordo” que diz ter firmado com o vice-governador Rômulo Gouveia (PSD).

O que ele quer dizer…
Perguntinha que se faz na ágora paraibana: por que será que o deputado Manoel Ludgério só chama Doda de Tião de Paulo Rogério, nome de batismo do rival.

Transferência
O MaisPB publicou ontem extensa procuração, reconhecida pela Junta Comercial do Estado, onde Daniel Cosme praticamente entrega a New Life a Pietro Harley Félix.

Poderes
O documento foi apresentado à Junta em março de 2010. Entre os poderes outorgados: demitir e admitir funcionários, emitir notas, pagar, receber e movimentar conta.

Contradição?
Se o enigmático Pietro Félix não tinha prerrogativas para sacar, conforme sugere Daniel, como conseguiu doar à campanha de Urquiza em nome da New Life?

Aguardo
O líder da Oposição, Fernando Milanez, optou pela prudência. Defende investigação, mas não vê necessidade de instalação da CPI dos Livros. Pelo menos, por enquanto.

Arroz de festa
O vereador Bira Pereira (PSB) alertou a bancada de Oposição para o perigo de se banalizar o instrumento da CPI. “Já pediram pelo menos umas cinco até agora”.

PINGO QUENTE“Todo o processo está eivado de falcatruas”. Do vereador pessoense Tavinho Santos (PTB), sentenciando em rito sumário a conclusão dos fatos. E a CPI, proposta pela Oposição, ainda nem foi instalada…

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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