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conflito na palestina

“Situações diferentes”, diz João sobre comparação entre guerra e Holocausto

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publicado em 19/02/2024 às 18h50
atualizado em 19/02/2024 às 16h12
Governador João Azevêdo (PSB) durante sessão na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) - (Foto: Aloísio Abrantes/MaisPB)

O governador João Azevêdo (PSB) afirmou, na tarde desta segunda-feira (19), que o presidente Lula da Silva (PT) possa ter se expressado de maneira equivocada ao fazer um comparativo entre a morte de judeus durante o holocausto com os ataques promovidos por Israel contra a Palestina.

“Na verdade, eu acho que o presidente vinha com uma linha muito clara, que era de primeiro, condenar o ataque do Hamas, segundo a desproporcionalidade em termos de respostas de Israel. É claro que são situações absolutamente diferentes, o holocausto e essa guerra que acontece hoje. Eu acredito que ele não tentou comparar e dizer que era a mesma coisa. Eu acredito que ele não tenha conseguido se expressar da melhor maneira porque são coisas completamente diferentes, o holocausto e o que está acontecendo hoje lá na faixa de Gaza”, disse Azevêdo em entrevista à Rádio Correio FM.

Polêmica envolvendo Lula 

Em entrevista coletiva durante viagem oficial à Etiópia, o presidente brasileiro classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio, criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região e disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

“Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, disse Lula.

Reação

Israel reagiu duramente às declarações de Lula. No domingo (18), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a fala do presidente brasileiro equivale a “cruzar uma linha vermelha”.

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender.”

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, pelas redes sociais, declarou Lula persona non grata em seu país.

“Nós não perdoaremos e não esqueceremos – em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que se desculpe e se retrate por suas palavras.”

MaisPB

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