João Pessoa, 20 de fevereiro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Experimente variantes. Deguste o vinho no Porto ou cachaça no alambique e faça de conta que o tempo passou.
Todos os meus percursos se foram tornando progressivamente mais rápidos com pequenos ajustes e improvisos. Não consigo andar arrastando as sandálias – jamais caranguejo, nem espero os grilos cantar. Talvez, o galo.
Quando decidi que ia fazer o ProjetoK, sabia que a trajetória não seria fácil. Ou você tem entusiasmo, ou nada vai pra frente. O fato de estar com 50 mil seguidores, é só começo.
João Pessoa é cidade bela e destruída – mas não falta motivo para visitar suas ruas, casas e prédios em ruinas. Tenho visto coisas que eu jamais veria se não tivesse o ProjetoK.
Às vezes há uma rua paralela menos segura, aí eu não arrisco. Outras, chegamos as calçadas, como quem não quer nada, diante de um cruzamento quando não é muito tarde para o amanhã – que não será outro dia. Já foi.
Estava na Praça da Pedra e vi que duas pessoas estavam me cubando. Demasiado depressa entrei numa loja de vender moveis antigos, me sentei numa cadeira antiga de dentista e o medo aumentou. Mas eu não quero falar do ProjetoK.
Pedi o dono da loja seu espelhinho redondo e vi que estar vivo é o contrário de estar morto, óbvio, mas muita gente passa pela vida e não viveu. Tem gente que não larga o lumdum, num tempo que nem o bumbum ,vale tanto assim.
Você está no passado? Arrume a mala, Seu Bloom. Quem é o Bloom?
O presente – agora, já, já, ocupa todo o espaço que nos rodeia, mas logo será passado. Ai um doutor com sua pança enorme faz críticas dizendo que o ProjetoK vive do passado. Uma ova.
Eu olhei para ele com cabelos nas narinas, e vi que deste latifúndio, tô fora, que é o tempo neste minuto, amanhã pouco restará, meu nobre plantonista.
Talvez, quem sabe, a senhora da limpeza tenha as cinzas para varrer. Séculos inteiros guardam-se agora em gavetas medíocres.
Enquanto o raciocínio não for veloz, aguenta-se bem, a ideia de o passado ser o tempo cada vez menos espaço, é interessante, mas abandonar o casario, não fica bem na foto. Não demora cinco segundos a cair no moralismo mórbido, quando pretende ser rigoroso. No GoodReads, comentar a mesmíssima coisa, é papo de otário.
Aliás, ninguém sabe se entramos no apocalipse, mas a Besta está entre nós.
E o nourrau?
Kapetadas
1 – Razão, cada um tem a sua. Mesmo assim todos querem tirar a do outro.
2 – Tô tentando tomar café sem açúcar. Pra quem tem que digerir pessoas amargas, cafezinho é moleza.
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TURISMO - 19/12/2024