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Após confusão na apuração, Liga discute punições aos envolvidos

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publicado em 23/02/2012 ás 09h18

Os conselhos de ética e deliberativo da Liga das Escolas de Samba de São Paulo começam a definir a partir desta quinta-feira (23) a punição aos envolvidos na confusão que interrompeu a apuração das notas do Carnaval 2012 de São Paulo na última terça-feira (21). A punição pode variar desde uma advertência até o banimento das escolas que tiverem algum envolvimento comprovado.

A invasão que resultou na prisão de Tiago Ciro Tadeu, suposto integrante da Império de Casa Verde, ainda está sendo investigada pela polícia, mas já gerou efeitos imediatos, como a ameaça do prefeito Gilberto Kassab de cortar as verbas destinadas à Liga caso não ocorram punições, e as acusações de que a segurança foi falha durante a apuração por culpa da Liga.

O presidente da entidade, Paulo Sérgio Ferreira, disse na quarta-feira (22) que a punição pode variar desde uma advertência até o banimento das escolas envolvidas do Carnaval paulista. Ferreira afirmou, entretanto, que não pode informar neste momento o que acontecerá, já que é preciso aguardar o fim das investigações policiais.

– Ninguém vai acobertar ninguém. Um fato isolado não pode acabar com o Carnaval. Vai ser cumprida a regra do jogo.

Sobre a presença do invasor que rasgou as notas na área reservada à diretoria das escolas, Ferreira procurou isentar a Liga de responsabilidade. Para entrar na área, era necessária uma pulseira que é dada pela Liga aos presidentes das escolas para que as distribuam à diretoria. Mais cedo, o presidente da Império da Casa Verde havia culpado a Liga pela presença do invasor no local, o que foi negado por Ferreira.

– A escola é responsável por quem está sentado na mesa. A Liga tem certeza que não saiu pulseira a mais (…). Ele estava sentado na mesa da escola com a camisa da escola.

Ferreira negou ainda que tenha havido um acordo para que nenhuma escola fosse rebaixada ao grupo de acesso. A acusação também havia sido feita por integrantes da Império de Casa Verde, inclusive pelo invasor preso. Para Ferreira, essas afirmações são invenções.

– Não teve acordo nenhum. A Liga trabalha com regulamento. As escolas iam cair.

Segundo a acusação, pelo menos seis escolas – Gaviões da Fiel, Vai-Vai, Pérola Negra, Camisa Verde e Branco, Império de Casa Verde e Tom Maior – teriam discordado previamente da troca de jurados às vésperas dos desfiles e, diante disso, realizaram um “acordo” para invadir o espaço onde as notas estavam sendo anunciadas e impedir a conclusão da apuração.

Para o presidente da Liga, as pessoas que estão querendo relacionar a troca de jurados à confusão estão fazendo isso apenas “para tumultuar”.

R7