João Pessoa, 23 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O acidente que deixou 50 mortos e quase 700 feridos, em Buenos Aires, nesta quarta-feira (22), é o mais grave desde os anos 1970 e o terceiro pior da história argentina.
Segundo sindicalistas ferroviários, a estrutura da rede de trens do país é tão ultrapassada que a sinalização, em muitos casos, é da década de 1920.
O último acidente grave no país aconteceu apenas três meses atrás, quando seis meninas e dois professores de uma escola católica morreram depois que o ônibus em que viajavam para um retiro espiritual foi atingido por um trem de carga, na cidade de Zanjitas.
Pouco antes, em setembro, outro acidente envolvendo um ônibus e dois trens deixou 11 mortos e mais de 200 feridos.
Falta de segurança e superlotação
De acordo com a imprensa argentina, só no ano de 2011, cinco acidentes envolvendo trens causaram um total de 23 mortos e cerca de 300 feridos no país.
A maior tragédia ferroviária da história argentina aconteceu em 1970, quando uma batida entre dois trens causou a morte de 236 pessoas, no norte de Buenos Aires.
O segundo acidente mais grave ocorreu em 1978. Um caminhão colidiu com uma vagão de trem, deixando 55 vítimas fatais.
Além da falta de segurança nas linhas ferroviárias da Argentina, os passageiros também reclamam de superlotação e atrasos constantes na rede, que é operada por empresas privadas, mas recebe pesados subsídios do governo.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024