Quem, no Nordeste, portando uma magreza afoita, não foi chamado(a)  de “sibite baleado”? Seriema, cambito, esqueleto, varapau, tripa, caveira, pau oco, magrelo, cu seco. O bullying corria solto para atacar as pessoas em um tempo em que a falta de educação era o apogeu do desrespeito, tudo normalizado. Naquela época, ainda não se tinha a desfaçatez de justificar a violência com o manto da liberdade de expressão.

“ O sibite baleado” é o nome do meu próximo livro. Acabamos de ajustar a publicação com a Editora Oito e meio, a mesma que publicou o meu “A vovó é louca”. “Trata-se de uma fábula política dos sertões, entrelaçada por poesia, crítica social, fantasia e uma mitologia que celebra a singularidade da caatinga”(Flávia Iriarte, do Carreira literária).

Este é um rascunho da sinopse:

Em 1932, as pás do tempo giraram destrambelhadas no alto sertão da Paraíba. A seca, em Belém do Arrojado, fazia as rodas grandes correrem por dentro das pequenas e Pedro Passarinho, parecido com um galo-de-campina, não tinha mais o que fazer para ajudar os flagelados.

Fubica, o sibite baleado, a menor das aves da Serra do Desterro, para conquistar o amor da Sibita Mariquinha, é arrastado à liderança de uma revolução, tendo que enfrentar o Guiratinga que sabota o levante com artimanhas tenebrosas.

Binga, o filho de Pedro Passarinho, para fugir da terrível realidade, mergulha em um sonho de se tornar um passarinho e voar pelas trilhas infinitas do céu azul.

O sibite baleado vencerá o Guiratinga? Binga alcançará o seu intento? Pedro Passarinho verá as rodas maiores correrem por dentro das pequenas?

O Sibite baleado é uma estória vigorosa, instigante, potente. Drama, suspense, fantasia e crítica social ao poder, à pós-verdade e suas fake news. Estória épica construída em uma linguagem poética, audaciosa, ambientado em um dos mais belos cenários do Nordeste brasileiro: a caatinga do alto sertão da Paraíba.

Aguardem. O lançamento é em abril. Interessou-se? Diz aí.

@professorchicoleite

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