João Pessoa, 18 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Teve início às 10h deste sábado (18) o velório do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ex-ministro da Justiça e ex-senador Maurício Corrêa, no Salão Branco do tribunal. Autoridades e familiares de Corrêa compareceram para se despedir do magistrado. A presidente Dilma Rousseff enviou um coroa de flores.
Corrêa morreu nesta sexta (17), aos 77 anos, no hospital Brasília, no Distrito Federal, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. O ex-ministro presidiu o STF por 11 meses, entre junho de 2003 e maio de 2004. Ele foi indicado para o tribunal em 1994 pelo então presidente Itamar Franco, em cujo governo foi ministro da Justiça.
No STF, ocupou a vaga deixada pelo ministro Paulo Brossard. Ao se aposentar, ao completar 70 anos, em 2004, ele foi substituído no Supremo por Eros Grau.
Mineiro de São João do Manhuaçu, Corrêa era bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, da turma de 1960 da Faculdade de Direito de Minas Gerais.
Ele atuou como advogado em Brasília, nas áreas de direito comercial e civil. Em 1986, se elegeu senador pelo Distrito Federal e foi membro da Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou o texto da Constituição de 1988. Entre 1992 e 1994, exerceu o cargo de ministro da Justiça no governo Itamar Franco.
No Senado, Corrêa foi vice-presidente da CPI que apurou as denúncias de Pedro Collor, irmão de Fernando Collor, contra Paulo César Farias, tesoureiro da campanha eleitoral do ex-presidente. Entre 1991 e 1992, também foi vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado
Presente ao velório, o advogado-geral da União, Luis Inácio Addams, disse que Corrêa deu "grande contribuição à democracia brasileira".
"É um advogado, magistrado e jurista brilhante que cumpriu um papel importante nessa democracia que vivemos hoje", disse. "Ele fará falta para o Brasil. É uma figura sobre a qual temos muito a falar e lembrar."
G1
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