João Pessoa, 17 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Três adolescentes que foram detidos suspeitos de terem envolvimento no estupro de seis mulheres, que resultou no assassinato de duas delas, durante uma festa em Queimadas (PB) prestaram depoimento nesta sexta-feira (17).
Eles foram levados ao fórum da cidade acompanhados das mães e ouvidos por uma juíza da Infância e Adolescência. Segundo o promotor Márcio Teixeira, eles devem falar sobre a possível participação nos crimes e ajudar a polícia na identificação dos outros envolvidos que também estão presos. Os depoimentos vão ajudar a definir o quê cada um teria feito.
Ao todo foram presas dez pessoas. De acordo com a delegada Cassandra Duarte, responsável pelas investigações, dois dos dez suspeitos já eram procurados pela polícia do Rio de Janeiro por outros crimes.Ela disse que as testemunhas contaram detalhes da ação dos criminosos e que eles chegaram a colocar música gospel durante os crimes.
A festa foi organizada por dois irmãos que teriam chamado um grupo de amigos para abusar das mulheres. Eles chegaram encapuzados em um carro e prenderam os homens em um quarto e as mulheres em outro. Depois de abusar das vítimas, eles fugiram levando duas mulheres, que foram achadas mortas em ruas próximas. Uma recepcionista, de 24 anos, foi morta com quatro tiros ao tentar fugir do veículo, e uma professora, de 28 anos, foi encontrada amarrada e sem roupa.
Cassandra afirmou que foi encontrado sêmen nos corpos das vítimas e pele nas unhas. Um laudo de DNA realizado pela Polícia Civil deverá comprovar a identidade dos suspeitos e quem realmente estuprou as vítimas. Ela disse acreditar que, pelos depoimentos, todos os homens iriam cometer estupros nas mulheres na casa.
Além de responderem por homicídio qualificado, roubo, sequestro, formação de quadrilha e porte ilegal de arma, os suspeitos devem ser investigados por outros crimes. A delegada disse que os irmãos possuem carros importados e um patrimônio que não são compatíveis com o trabalho que eles realizam.
R7
OPINIÃO - 06/11/2024