João Pessoa, 14 de novembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Dono de extraordinário desembaraço verbal, Veneziano Vital se vale do domínio da retórica e insiste que não tem se inserido na sucessão municipal. Aliás, até admite interesse no processo e na eleição de um aliado, mas sob outro foco: o administrativo.
Por estratégia, retórica ou decisão pessoal, Veneziano botou na cabeça que precisa encerrar sua passagem pela Prefeitura de Campina com alto índice de aprovação, ainda que não colha como fruto a vitória do ungido do seu bloco.
Nesse horizonte, deposita esforços e energias para ampliar a aprovação de seu Governo. E pelos números que diz ter em mãos, a lógica tem rendido os resultados prospectados. Persistirá nessa pisada até o final do ano na pretensão de virar 2011 como cabo eleitoral consistente capaz de transitar nos diversos segmentos do eleitor da cidade.
O xadrez montado por Veneziano, apesar de guardar as peças e jogadas no recôndito do seu imaginário, é mais ou menos de fácil assimilação. O prefeito campinense quer, com a ajuda do irmão e senador Vital do Rêgo, investir tudo no âmbito administrativo para faturar na seara eleitoral.
Em que pese o otimismo de quem acha que as coisas estão “redondas”, Vené reconhece que o nível de politização faz o eleitor de hoje menos suscetível ao jugo da transferência de voto. Por isso, planeja num chute, duas jogadas: sair vitorioso em 2012 ou deixar, no campo de casa, time e torcida prontas para jogar em 2014.
Radiografia –
À Coluna, Veneziano revelou que tem feito sondagens periódicas, via institutos de pesquisa, para monitorar o pensamento dos campinenses sobre a gestão.
Trunfo –
“O que vai ajudar o nosso candidato não é o meu voto. É o meu trabalho”. Tese defendida por Veneziano sobre sua participação no pleito em Campina.
Estrutura, fomento ao turismo e economia –
Com a ordem de serviço da restauração da PB-137, amanhã, em Picuí, terra da carne de sol, o governador Ricardo sinaliza que tem priorizado ações de infra-estrutura combinando com desenvolvimento turístico e econômico. No PAC II, por exemplo, direcionou recursos para Lucena, Areia e Conde, pólos estratégicos.
Época de denúncias –
Conforme a Coluna havia antecipado, uma semana após reportagem da IstoÉ que colocou o senador Cícero Lucena como campeão de ações na Justiça Federal, a resposta veio em forma de denúncia na Revista Época, das Organizações Globo, contra o então prefeito Ricardo Coutinho.
Versão dos sócios –
A Época trouxe depoimento de Daniel Gonçalves, um dos donos da New Life, empresa que vendeu R$ 3 milhões em livros à Prefeitura na gestão de Ricardo. Daniel alega que seu sócio, Pietro Harley, recebeu o valor ilegalmente, mas cópia de procuração mostra poderes para a transação.
Entre eles –
Ex-chefe de Gabinete, Alexandre Urquiza, citado na matéria, garante que a Prefeitura cumpriu seu dever (pagar) e não tem nada haver com a briga dos sócios.
Visão –
O ex-presidente do PPS José Bernardino saiu às compras neste fim de semana. Foi visto olhando vitrine de badalada loja de óculos no Manaíra Shopping.
Longe da cidade –
O casal Manoel e Ivonete Ludgério, ambos do PSD, não dispensa o descanso do final de semana na bucólica Fazenda Santana, de propriedade da família.
Ringue –
O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, é espectador assíduo das lutas de UFC. Um gosto que faz muito jus ao sobrenome do deputado pernambucano.
Na área –
Engana-se quem pensa que o ex-chefe da Casa Civil, Marcelo Weick mergulhou. Mantém antena ligada na política, mas focado na esfera jurídica.
Luz do dia –
A secretaria de Segurança Pública ainda não deu a devida importância à onda de pequenos assaltos registrados em diversos bairros de João Pessoa.
Quintal –
Nem Chico Franca, nem Raoni Mendes e nem Geraldo Amorim. A presidência do PDT da Capital continua nas mãos de Adauto Júnior e em casa. De Damião.
Sabotagem –
Pressão da base do prefeito Zé Régis (PDT) deve gerar reviravolta em Cabedelo, cuja proporção pode até juntar piratas inimigos no mesmo barco.
Quem viver… –
O presidente da Assembléia, Ricardo Marcelo, tem sido tão receptivo aos pleitos dos colegas que já há deputados lançando o tucano candidato ao Senado.
…Verá –
Marcelo evita comentar as conjecturas, mas há gente fazendo as contas: se a tese prevalecer, o presidente teria hoje o voto de pelo menos 25 deputados.
PINGO QUENTE – “Não aceitarei traição no PMDB”. Do ex-governador José Maranhão, numa sentença que se ouvida pelo ex-senador Ney Suassuna levaria o ex-peemedebista a requerer efeito retroativo.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024