João Pessoa, 15 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Ulf Lindberg é um sujeito tranquilo. Trabalhador de fábrica, casado, com filhos, gosta de futebol e de tomar uma cerveja nas horas de lazer. Embora diga que tenha sido um bom jogador no passado, atualmente Ulf Lindberg, que tem 48 anos, não pode praticar mais do que 15 minutos de uma partida.
O filho de Garrincha também faz questão de afirmar:
“Eu não nasci com as pernas tortas. Isso é mentira”, explica, citando um problema de reumatismo, iniciado aos 10 anos e agravado aos 16.Sem pernas tortas, sem possibilidade de tornar-se profissional da bola, mas com o bom e velho espírito futebolístico herdado do pai, Ulf não poupa otimismo para contar que é bom de arquibancadas. Entre seus times preferidos figuram Botafogo, Arsenal, de Londres, e a equipe da região onde vive, o Halmstad.
Por lá, Ulf costuma a se juntar com os amigos para comer e beber.
“Enquanto o pessoal do Brasil se contenta com a cerveja para ver futebol, lá acrescentamos algo diferente, a salsicha. No primeiro tempo, se vão três copos de cerveja e três salsichas. No segundo, a mesma coisa. E quando o jogo acaba, a gente bebe apenas, comentando o jogo”, diz, sorrindo.
Além de comer salsicha, beber e comentar partidas, Ulf faz questão de lembrar que a carreira futebolística não acabou na família. Em uma casa de três irmãos, é a menina que promete ser a alegria da turma dentro das quatro linhas.
“Ela já treina no time local. Espero que um dia se torne jogadora profissional. Basta manter o ritmo e jogar um pouquinho do que jogou Garrincha”, finaliza.
Redação
ENTREVISTA NA HORA H - 27/11/2024