João Pessoa, 17 de março de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O tema de hoje veio pelo fax do Cabo do Santo Agostinho, na tarde em que a Santa de Santana chorou sangue. Pelo telefone, Júnior Barreto (autor da canção) explica o destinatário – o jornalista Petrus Souto é testemunha ocular – aí veio a pergunta que não quer calar – “tem notícia do General Osório?” A última localização marca do Paraguai, fazendo o caminho d e Belchior, irmão do rei magro Melchior.
Não, não, o general foi visto em Buda/Peste batendo uma bolinha com Puskás Biró na esquina das desventuras intestinais. Então, é uma cópia a que foi vista na Rua Dr. Arnaldo, em São Paulo, cantando Recuerdos de Ypacarai?
Por que Recuerdos de Ypacarai? Yes, ele escreveu um ensaio do centenário de Demétrio Ortiz, o autor da canção. Ué, Demétrio não nasceu em 22 de dezembro de 1916. Ah, é fã da morte e a morte de Quincas Berro D´água. No rolê nesses tempos cruéis de autopiedade, tá ‘craude’, brô. Meu Deus! Afasta de mim essa curtição midiática.
Veio um passatempo, um redemoinho, um imêio de alguém, o contratempo, um calafrio, um PF, uma década e nunca mais um pio. Tudo melhorou quando passou a mulher de Ferenc Puskás, bonita, sambando na boquinha da noite. Onde? Na calçada da API e o suor derretendo, mas só eu vi, Petrus não enxerga mesmo muito bem e sempre diz: “K, eu estou com 79 anos”. Esquece, o 69 é melhor ou.. in medias res?
Segundo João Kopke, uma espécie de puzzle, sei lá, mas rola tanto cliché que ouvimos nas rodas dos bambas e se quer não encolhemos seguir nessa viagem de vasto repertório sem nada a dizer, noite a dentro.
Não que eu ache careta, mas quando uma pessoa passa na beira do Lago de Ypacarai, todos ficam igual Demian do Hesse, não, nunca para sempre, com suas bengalas atrevidas. Ao invés do sono, a epifania – poiszé, mas ainda não é o mané.
Vamos assobiar? Eu ouvi Recuerdos de Ypacarai no pisador do meu vô, na voz do Caetano Veloso – e sua voz serve as juventudes e por herança aqueles que ainda se amam, mas vocês sabem que não existe a palavra saudade em nenhum outro idioma, né? Eu não morro de saudade. Ninguém morre de saudade.
Preguiças do sábado numa caminhada longa ao lusco-fusco de tudo tão impuro da praia mais bonita do Cabo Branco, com esgotos estourados e tapurus voadores e gente duvidosa no entorno do estandarte do presidente besteirol, inclusive, tentando puxar meu colar de Oxalá, deixe disso, meu orixá é Jesus
Mais um candidato a prefeito desconhecido pelo PLU, o JosyNato, que este ano não vai de vereador, eterno fã do general Golbery, acenou em piscas, com tártaros sobrando nos dentes, estilo homem valente, mas não sabe dirigir um corcel 73.
Eu não soul, nem fiz sequer a minha inscrição no bando dos boêmios quando Petrus disse: porque você não escreve uma breve história de alguma coisa sobre os clássicos do Vale do Silício diante de seu com/pu-ador velhusco. Olha que eu conheço essa cara, vou ali tomar um café com leite do Beco da Boemia onde conheci a escritora Onélia Gonçalves Queiroga.
Afinal quem matou, Inês?
Kapetadas
1 – A única unanimidade do mundo: A certeza de que tem razão.
2 – Tá fazendo um curso pra quando virar rainha e a matéria final era gerenciamento de crise mas pra isso ela precisava antes gerar uma crise. Ela quem?
3 – Eu li que cada civilização teve a sua barbárie. Já o Brasil ainda não teve a sua civilização.
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ilustração general osorio Inaugurada em 1894, escultura de oito metros de altura, diante do Paço Imperial, no Rio está em péssimo estado de conservação
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TURISMO - 19/12/2024