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SAÚDE

Cooperativa denuncia secretário de Saúde e diretor do Trauma de CG

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publicado em 13/02/2012 às 10h39

A COOTAC – Cooperativa de Ortopedistas e Traumatologistas de Campina Grande ingressou com representação junto ao Ministério Público contra o secretário de Saúde do Estado, Waldson Dias de Souza, e o diretor do Hospital de Trauma de Campina Grande, Geraldo Medeiros. A medida tem o intuito de noticiar as irregularidades e descasos da saúde pública, em especial ilícitos e desrespeitos dessa instituição hospitalar, requerendo a instauração de inquérito civil para apurar a prática de atos de improbidade administrativa praticados pelo gestor da Secretaria Estadual de Saúde, além de propor imediata ação civil pública.

O tema abrangido pela representação é o descaso com a saúde pública na cidade de Campina Grande por parte do secretário Estadual de Saúde que, de acordo com a cooperativa, não tem demonstrado interesse em investir na modernização do Hospital de Trauma desta cidade nem na contratação regular dos médicos.

A respeito da contratação de novos médicos ortopedistas para atender aos pacientes do Hospital de Trauma de Campina Grande, feita de maneira irregular por meio da Secretaria de Saúde, a coperativa traz números oficiais comprovando que estes profissionais não estão trabalhando no mesmo ritmo e com a qualidade que os médicos da COOTAC. De acordo com os números, os médicos contratados fizeram cerca de 110 procedimentos, quando, num mesmo intervalo de tempo, a COOTAC realizava em média 200 procedimentos, uma queda de quase 50% nos atendimentos. Os dados podem ser averiguados através do livro de procedimentos cirúrgicos do próprio hospital.

Relatos de pacientes asseguram que a enfermaria ortopédica está caótica, com leitos lotados. O tempo de espera para atendimento aumentou consideravelmente, registrando-se ainda a perseguição de membros remanescentes da COOTAC. A entidade argumenta que, além de ilegal, a contratação dos novos profissionais é muito onerosa para os cofres públicos, pois os médicos contratados estariam recebendo cerca de três mil reais, o equivalente ao triplo do valor que era pago aos ortopedistas da cooperativa.

A cooperativa denuncia também perseguições políticas sofridas pela entidade, e pelos profissionais vinculados a ela, por parte do Governo do Estado e da administração do Hospital de Trauma de Campina Grande, que, após vistoria, apontaram questões como abandono de plantão, negligência no atendimento e suposto erro médico. A COOTAC afirma que as acusações não procedem, são injuriosas, irresponsáveis e sem fundamento.

Assessoria