João Pessoa, 11 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou com queda superior a 2% nesta sexta-feira (10), influenciada por renovadas preocupações com a Grécia e pela forte queda nas ações da Petrobras, após resultados decepcionantes do quarto trimestre.
O Ibovespa recuou 2,34%, aos 63.997 pontos. Esta foi a maior queda diária percentual em 2012. O volume financeiro foi de R$ 9 bilhões.
Nesta semana, o principal indicador do mercado acionário brasileiro fechou em queda de 1,87%. No mês e no ano, contudo, a trajetória ainda é de alta de 1,47% e de 12,76%, respectivamente.
A ação preferencial da Petrobras – a mais negociada no dia – caiu 7,84%, a R$ 23,50, enquanto a ordinária recuou 8,28% – a maior queda dentro do Ibovespa.
Na véspera, a estatal divulgou balanço. Em 2011, a Petrobras teve lucro líquido de R$ 33,31 bilhões, queda de 5% sobre os R$ 35,19 bilhões de 2010.
No exterior, as novas exigências dos ministros de Finanças da zona do euro para a Grécia, alertando-a de que não haverá aprovação imediata de um novo resgate financeiro enquanto Atenas não se garantir, levou pessimismo aos mercados.
Segundo o estrategista-chefe da SLW, Pedro Galdi, dados ruins da balança comercial da China, que pressionaram as commodities, agregaram pessimismo ao mercado.
As importações da China desabaram 15,3% em relação a janeiro do ano passado – a maior baixa desde agosto de 2009 –, enquanto as exportações diminuíram 0,5%, no pior resultado desde novembro de 2009.
"Os dados da China foram tão ruins que já mexeram com as commodities. Na Europa continuou a confusão na Grécia, e a Petrobras ainda fez nossa bolsa piorar bastante", disse.
Pregão – No Ibovespa, além da Petrobras, as siderúrgicas também foram destaques negativos. A preferencial da Usiminas caiu 4,44%, a R$ 11,85. Gerdau desvalorizou 4,09%, a R$ 17,60.
A preferencial da Vale também contribuiu negativamente, com queda de 1,73%, a R$ 42,63.
Na outra ponta, CESP subiu 2,6%, a R$ 36,75, diante de notícias de que as concessões do setor elétrico com vencimento em 2015 deverão ser renovadas pelo governo federal.
G1
OPINIÃO - 06/11/2024