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Fábrica da Fiat oferece 800 vagas de emprego na Paraíba

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publicado em 11/02/2012 ás 09h36

O processo de pré-seleção para o preenchimento de 800 vagas na fábrica da Fiat, no município de Goiana, em Pernambuco, começa no próximo dia 25, nos municípios de Caaporã e Pedras de Fogo.

No final de semana seguinte, 3 de março, será a vez de Alhandra e Pitimbu. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), serão cadastradas 1.200 pessoas que receberão capacitação para trabalhar nas obras de construção da fábrica como ajudante, armador, carpinteiro, motorista de veículos pesados, motorista de veículos leves, pedreiro, pintor e servente.

Entretanto, falta mão de obra capacitada e disponível, na Paraíba, para ocupar as vagas.

A definição do início do processo de recrutamento ocorreu ontem, em reunião da Cinep, com representantes do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), das quatro prefeituras dos municípios envolvidos, do Sistema Nacional de Emprego na Paraíba (Sine-PB), das secretarias de Estado da Educação (SEE) e de Desenvolvimento Humano (SEDH), do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Paraíba (Fecomércio-PB).

De acordo com a diretora-presidente da Cinep, Margarete Bezerra Cavalcanti, para participar da seleção, os interessados devem estar inscritos no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico). “Vamos definir os critérios de seleção de forma bem clara, fazendo um perfil de cada ocupação, para que as pessoas saibam em que se cadastrar”, explicou.

Ela defendeu que o recrutamento ocorresse da maneira mais rápida possível, para que sejam feitas as capacitações dos trabalhadores. “Para essa primeira fase de implantação da Fiat, que é a construção do parque industrial, não é necessário que as pessoas tenham nível médio, principalmente, no caso dos serventes. Somente para os que forem trabalhar na fábrica é que será exigida a formação completa a critério da empresa”, disse a presidente da Cinep, Margarete Bezerra Cavalcanti.

A capacitação será feita pela Fecomércio e pelo IFPB, em parceria com as quatro prefeituras. “As entidades dispõem de centros de treinamento de mão de obra com larga experiência e que irão dar contribuição fundamental para que possamos colocar no mercado pessoas que hoje estão na linha da pobreza, em face do desemprego, e que deverão, muito em breve, estar com ocupação e renda para melhorar o padrão de vida de suas famílias”.

O Sine-PB será responsável pela pré-seleção de candidatos. Nos próximos dias, as prefeituras vão recrutar a população de cada município para participar do processo.

"Os gestores municipais têm que acompanhar de perto todo o processo, sobretudo, para garantir a participação dos alunos nos cursos”, acrescentou Margarete. No total, a Fiat deve contratar sete mil pessoas, sendo 800 o número de vagas destinadas à Paraíba. A pré-seleção será estendida a 1.200 candidatos, para ficar com uma margem de segurança, caso ocorram desistências, por exemplo.

Segundo a titular da SEDH, Maria Aparecida Ramos, o problema do Brasil é que nunca o desenvolvimento econômico é aliado ao social. "É importante que a gente garanta a essas pessoas a oportunidade de se colocar no mercado. Para isso, temos que cadastrá-las o quanto antes, pois as entidades que vão oferecer os cursos só poderão entrar nesse processo com as pessoas cadastradas, até para qualificar quem, de fato, necessita de capacitação”, explicou.

Uma afirmação unânime entre os participantes da reunião é a falta profissionais qualificados no mercado. Conforme o secretário de Educação de Pedras de Fogo, Olimpíades Neto, garantiu que “o problema não é fazer a seleção e sim encontrar os profissionais necessários, atualmente. Para os senhores terem uma ideia, a Usina Giasa está à procura de um pedreiro há um mês e não encontra no município. E tem mais, as usinas que dispensavam tratoristas e outros profissionais qualificados na entressafra da cana-de-açúcar, a partir desse ano não dispensará mais para não perdê-los”.

Já o secretário de Desenvolvimento Industrial de Caaporã, Aderaldo Dantas, ao ser indagado sobre quantas vagas iria pleitear para o seu município disse que “a gente sabe que, em princípio, essa mão de obra da construção civil, hoje, já está escassa no Brasil inteiro e Caaporã não é diferente, até porque nós estamos próximos de polos de desenvolvimento que são o da grande Recife e o da Grande João Pessoa, para onde muita gente já foi. Mas nós vamos nos articular com o Governo para ver como será o processo de treinamento para colocar mais gente no mercado de trabalho”.

Correio da Paraíba