João Pessoa, 08 de abril de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Ainda não descobri melhor forma de ouvir música, do que ao vivo. Ver e ouvir a música sendo produzida, ali, na hora, é uma experiência única para os sentidos, seja nas salas de concerto, teatros , e até nos bares que oferecem esse agrado aos frequentadores.
O gosto musical é bastante discutível, e passa, certamente, pela educação da população. Há certas desgraças , entretanto , agressoras dos ouvidos , que viram moda. Não se pode ligar o rádio do carro, ou mesmo a TV , e lá está o desastre. Letras chulas, melodias paupérrimas , e vozes horripilantes, passam a fazer parte do cotidiano. O único aspecto positivo é que, como toda moda, passa. Infelizmente, um desses mosntrengos, está demorando muito a passar, e anda até invadindo espaços antes exclusivos aos estilos da tradição popular , como o nosso Forró.
Ouvi dizer que em Olinda – PE , existe uma Lei Municipal proibindo, durante os festejos do Carnaval, a execução de qualquer outro estilo musical, que não o FREVO . Não sei se é verdade, mas, torço veementemente para que seja. Se existir tal Lei, aplausos efusivos aos legisladores de lá, por tão sábia decisão.
Há quem prefira reproduzir, no conforto de casa, as músicas que gosta. Nada contra, faço isso até hoje. No passado, numa velha radiola Philipps , tipo maleta, propriedade dos meus irmãos, mas, de uso democratizado . A única desvantagem era a necessidade de 8 pilhas, daquelas grandes. Em poucos dias, descarregavam. Então, o jeito era esperar que fossem compradas novas pilhas. Não há como esquecer , ainda, o gravador, de fita . O de rolo, só quem tinha era gente rica. As fitas tinham uma vida útil bem curta, e acabavam dando um jeito de desenrolar, para desespero do ouvinte. A evolução natural passou pelos CDs , e , ao menos para mim, está no que chamam de streaming . Acho bastante cômodo, dar um comando verbal, e o aparelho tocar exatamente o que foi pedido, com ótima qualidade.
Recentemente, ganhei de presente uma radiola , tipo maleta, réplica das antigas. Graças a Deus, não usa mais as famigeradas pilhas. Garimpei alguns LPs nos sebos, comprei outros pela internet, e ganhei alguns. Juro que tentei gostar de novo. Havia uma boa dose de saudosismo. A experiência não vingou. Achei extremamente trabalhoso escolher um disco, tirar da capa, ligar a radiola, colocar o braço no local certo, para , só então, ouvir a música. Não cheguei nem na etapa de trocar a agulha. Percorri esse processo milhares de vezes, no passado , não quero mais. Estou, definitivamente, acomodado nas facilidades contemporâneas.
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TURISMO - 19/12/2024