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Emprego na indústria sobe em dezembro e fecha 2011 com alta de 1%

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publicado em 10/02/2012 ás 08h57

O número de vagas criadas na indústria voltou a subir em dezembro após três quedas consecutivas mensais. No último mês de 2011, as vagas cresceram 0,2%, ante recuo de 0,1% em novembro. No ano, o emprego industrial cresceu apenas 1%, abaixo da alta de 3,4% registrada em 2010.

Os dados são da Pimes (Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário), divulgada nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Está é a terceira queda consecutiva. Os dados são sazonalizados.

Na relação com dezembro de 2010, o emprego industrial caiu 0,4%.

O emprego registrou baixas em setembro (-0,4%), outubro (-0,5%) e novembro (-0,1%). Com isso, o índice de média móvel trimestral teve variação negativa de 0,1%, em dezembro frente ao patamar do trimestre encerrado em novembro, e permaneceu com o comportamento de queda iniciado em setembro último.

No quarto trimestre, o emprego industrial recuou 0,6%, na série ajustada, após ficar praticamente estável nos três primeiros trimestres de 2011: janeiro-março (0,2%); abril-junho (0,0%); julho-setembro (0,1%).

REMUNERAÇÃO

O valor da folha de pagamento real (descontada a inflação) dos trabalhadores em dezembro recuou 2,1% ante alta de 0,7% em novembro.

A média móvel trimestral recuou 1,3% na passagem dos trimestres encerrados em novembro e dezembro, ritmo de queda próximo ao observado no mês anterior (-1,2%). Este foi o terceiro resultado negativo consecutivo nesse indicador, após o valor da folha de pagamento real manter trajetória ascendente entre dezembro de 2010 e setembro de 2011.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2011, o valor da folha de pagamento real teve queda de 2,9% no quarto trimestre, revertendo três trimestres consecutivos de expansão, período em que acumulou ganho de 5,5%.

Na relação com o quarto trimestre de 2010, o valor da folha de pagamento real cresceu 3,1% em dezembro de 2011, 2,3% no quarto trimestre do ano e 4,2% no acumulado de 2011. O índice acumulado nos últimos doze meses (4,2%) manteve a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (7,6%).

HORAS

Em dezembro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria subiu 0,4%, ante recuos registrados em novembro (0,2%), outubro (0,9%) e setembro (0,8%).

Com esses resultados, a média móvel trimestral mostrou variação negativa de 0,2% na passagem dos trimestres encerrados em novembro e dezembro, permanecendo com a trajetória descendente desde abril último. Ainda na série com ajuste sazonal, no índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o número de horas pagas na indústria apresentou queda de 1,4% no quarto trimestre de 2011, terceira taxa negativa consecutiva e a mais intensa dessa sequência, acumulando nesse período perda de 2,0%.

Na comparação com dezembro de 2010, houve queda de 1,5% no número de horas pagas na indústria –quarta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. No fechamento do quarto trimestre de 2011, o número de horas pagas recuou 1,4% frente a igual período do ano anterior.

O índice acumulado em 2011 assinalou acréscimo de 0,5%, ritmo de crescimento abaixo do verificado em 2010 (4,1%). O índice acumulado nos últimos doze meses (0,5%) permaneceu apontando avanços menos intensos desde fevereiro de 2011 (4,5%).

Em dezembro de 2011, o número de horas pagas recuou 1,5% frente a igual mês do ano anterior, com taxas negativas em seis dos quatorze locais pesquisados.


Folha Online