João Pessoa, 10 de novembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Coluna já havia ousado tocar no assunto, quase proibido por estas bandas, ainda em 30 de março passado. Sob o título “Máfia nos DCE’s”, este espaço alertava para um esquema de perpetuação de determinadas lideranças estudantis, alimentadas por práticas não ensinadas nos bancos das faculdades, mas nas salas da marginalidade.
Veio a nova reitora do Unipê, a maior instituição de ensino privado da Paraíba, e decidiu botar o dedo no suspiro. Ana Flávia Pereira rompeu com a leniência e conveniência de décadas da direção do Unipê e acabou a farra das bolsas reservadas ao DCE, cota alvo de denúncias de desvios e presumível fonte de enriquecimento ilícito.
De agora em diante, a distribuição das bolsas será feita sem o escambo do DCE, detentor da prerrogativa de indicar 396 concessões a alunos carentes. A medida dificulta e muito a ocorrência, já denunciada ao MP, de distribuição de descontos de 50% em bolsas mediante pagamento de propina aos intermediários.
O mundo veio abaixo. As figuras carimbadas do “movimento estudantil” de João Pessoa, que curiosamente nunca se renova, ocuparam os meios de comunicação e até organizaram interdição do Unipê ontem, sob o inédito pretexto de protesto contra um suposto aumento nas mensalidades, desmentido mais tarde pela reitora.
Uma oceânica hipocrisia. Não se tem notícia de insurreição semelhante nos últimos quatro anos, nem naqueles períodos em que a reitoria reajustou as mensalidades duas vezes no mesmo ano, com o endosso silente do DCE, que agora quer encenar bom mocismo, quando a estudantada sabe quem é mocinho e quem é bandido nessa história.
Day after –
Um dia depois da posse, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) tomou café da manhã sozinho e tranquilo no Hotel Meliá Brasil 21, onde está hospedado.
Exportação –
De Brasília, o presidente da Fiep, Buega Gadelha, previu a perda de importantes mercados no exterior por conta da paralisação dos agentes fiscais.
Pedra, fogo e pólvora –
A carta contundente, publicada pelo Portal MaisPB, de Kilza Ribeiro, irmã do deputado Manoel Júnior, explicando os motivos da demissão da prefeitura de Pedras de Fogo, sacramenta o rompimento e anuncia que o parlamentar e a prefeita Clarice Ribeiro vão marchar em campos opostos em 2012. Dedé (PSB), candidato da Oposição, agradece.
A explicação –
Na missiva, Kilza, ex-secretária de Saúde, revela que quando chegou ao posto, há oito meses, por indicação do irmão, encontrou a Secretaria depauperada, mergulhada no caos e nesse período conseguiu ampliar a estrutura e instituir uma política de valorização dos profissionais da área.
Insinuações finais –
“Quanto ao motivo da minha saída, não sei se foi porque defendi de forma intransigente o pagamento do 13º da Saúde no mês de outubro ou por não concordar, nem me submeter a determinados expedientes, anteriormente executados pela gestão”, encerra Kilza, numa crítica direta à tia.
Ninho reforçado –
“É um homem experimentado, grande orador. É um reforço substancial”. Do ex-presidenciável José Serra (PSDB) sobre a chegada de Cássio ao Senado.
Presente –
Hoje, às 16h30, acontece audiência de conciliação do TAC, assinado em 2007, pela Prefeitura da Capital para concluir o esgotamento do Alto do Mateus.
Passado –
O convênio é do ano de 1998, na gestão de Cícero, porém a obra só foi feita pelo então prefeito Ricardo. O assunto é velho, mas continua vivinho na Justiça.
Maré boa –
O prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PTB), comemorou a vitória no TRE na quarta e festejou ontem a aprovação de suas contas de 2009 no TCE.
Parceria – O presidente da Câmara, Cacá Gadelha (PSD), foi quem mais vibrou com o êxito do prefeito. Cacá tem se credenciado na defesa do projeto de Tyrone.
Cota –
O deputado Anísio Maia (PT) emplacou projeto que prevê 20% das unidades habitacionais populares para pescadores e movimentos de moradia.
Todo fofo –
O talibã deputado Tião Gomes (PSL) agradeceu ao governador Ricardo pela inclusão de Areia no PAC II, cidade que receberá R$ 28 mi para saneamento básico.
Pode azedar –
Se os bombeiros girassóicos não cuidarem, o conflito entre o secretário Lucius Fabiani e ala governista pode estremecer as relações do PT coutista com o PSB.
Combinação explosiva –
“Ele tem agido com arrogância e prepotência”. Petardo do vereador Bira Pereira (PSB), dizendo que a postura do secretário Lucius Fabiani prejudica a gestão.
Bicho bruto –
Na mesma linha de fogo foi a vereadora Raíssa Lacerda (PSD). “Ele lida com seres humanos e está sendo desumano com essa classe trabalhadora”.
PINGO QUENTE – “Nesse período eleitoral algumas pessoas se tornam mais sensíveis”. Ironia do secretário Lucius Fabiani acusando repentina comoção de vereadores da base aliada de Agra para com os ambulantes e comerciantes populares de João Pessoa.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024