João Pessoa, 09 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Reunidos a portas fechadas desde as 16h desta quinta-feira (9), policiais militares da Bahia decidiram manter a greve iniciada há dez dias no Estado. A decisão saiu em uma assembleia realizada no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários, no centro da capital, da qual a imprensa foi impedida de participar. Após a decisão, os grevistas saíram em passeata pelas ruas da cidade.
O posicionamento foi tirado pouco mais de 12 horas após PMs acampados desde o dia 31 na Assembleia Legislativa terem deixado o local. Duas lideranças foram presas na manhã desta quinta. Hoje mais cedo, policiais já haviam se manifestado sobre a manutenção da greve, mas a decisão oficial só foi estabelecida após a assembleia.
A greve na Bahia foi deflagrada na terça-feira, dia 31 de janeiro, por parte da categoria. Doze mandados de prisão foram expedidos contra policiais militares que lideram o movimento, considerado ilegal pela Justiça. As prisões foram decretadas pela juíza Janete Fadul. Todos são acusados de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público (carros da corporação). Além dos crimes, os policiais devem passar por um processo administrativo.
Para encerrar a paralisação, os grevistas pedem a incorporação de gratificações ao salário e a concessão da anistia administrativa para os envolvidos. Segundo o governo estadual, a principal reivindicação dos policiais, que era a implantação de duas gratificações (a Gratificação de Atividade Policial-GAP 4 e 5), foi concedida de forma escalonada até 2015. "Com muito esforço orçamentário, ofereci entre 2012 e 2015 o atingimento no contracheque dessas duas gratificações", disse o governador Jaques Wagner (PT). Os grevistas, contudo, exigem que a GAP 4 seja paga imediatamente e a GAP 5, no início de 2013.
Uol
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